Lucro e receita da C&A disparam no trimestre

Lucro e receita da C&A disparam no 2º trimestre de 2024

Varejista de moda atribui o resultado à capacidade de reação rápida às variações climáticas do período.

Lucro e receita da C&A disparam no 2º trimestre de 2024

Em 2024, quando completa 48 anos de Brasil, o lucro e a receita da C&A dispararam no semestre. Só no 2º trimestre, o lucro líquido da C&A atingiu R$83,9 milhões, ante os R$4,2 milhões apurados em igual período de 2023. Somado ao ganho do 1º trimestre, a varejista de moda encerrou o semestre com lucro líquido de R$154,7 milhões, revertendo o prejuízo acumulado nos primeiros seis meses do ano passado.

Entre janeiro e junho, a receita da companhia cresceu dois dígitos. No semestre, registrou receita líquida consolidada de R$3,2 bilhões, aumento de 13,9% na comparação com o mesmo período de 2023. O crescimento no 2º trimestre foi de 11,5%, alcançando R$1,8 bilhão.

Lucro e receita da C&A dispararam puxados pelo aumento de vendas, afirma o relatório que acompanha as demonstrações financeiras. A receita líquida de mercadorias apurou R$2,7 bilhões no semestre, que corresponde a alta de 16,9%. Conforme o balanço financeiro apresentado, a receita líquida de mercadorias no 2º trimestre gerou R$1,5 bilhão, expansão de 13,1%. Foi especialmente impulsionada pela venda da coleção feminina, que cresceu 18%.

AGILIDADE

A C&A atribui os resultados positivos à capacidade de reação rápida aos eventos climáticos, que provocaram dias de calor intenso no início do trimestre e poderiam afetar as vendas de inverno. “Com velocidade ajustamos a cadeia de suprimentos, os sistemas de alocação e distribuição [de produtos], a estrutura de visual merchandising e a operação das lojas”, explica o relatório de resultados.

Na teleconferência com investidores, Paulo Correa, CEO da companhia, explicou que em abril ajustou o calendário de inverno, atrasando em quatro semanas o lançamento da coleção nas lojas devido à onda de calor. Reforçou assim o que a empresa chama de coleção ‘do ano todo’ e dos básicos.

Quando o frio chegou ao final do trimestre, a empresa ajustou novamente a composição de sortimentos, destacando os itens de inverno, acrescentou.

“Agilidade só é possível pelos investimentos já realizados em ferramentas de gestão e também pela integração com nossos fornecedores”, ressaltou o CEO na exposição. Também afirma que o crescimento das vendas se deve à capacidade de conversão e não ao fluxo de consumidores nas lojas, que ficou estável.

Ele se mostra confiante em relação a crescimento no 2º semestre. E não descarta retomar a abertura de lojas em 2025. Ao longo do primeiro semestre, a C&A operou com 331 lojas.

No período segurou os investimentos, com desembolso total em seis meses de R$90,9 milhões, queda de 13,8% sobre o primeiro semestre de 2023. No entanto, apresentou ligeiro aumento no 2º trimestre, de 2,7%, investindo R$57,2 milhões.

foto: nova fachada da loja do Shopping Ibirapuera, a primeira da rede no Brasil (divulgação)