O plano da companhia é chegar em 2014 com uma rede de cem endereços monomarca e faturamento de R$ 180 milhões
A Marisol inaugurou na quinta-feira, 3, a primeira loja de varejo da Pakalolo. A inauguração delimita o novo posicionamento da marca, adquirida pela empresa em 2005. As coleções foram remodeladas para atender o público que a companhia chama de lifestyle B, além do lançamento das linhas Connect e Premium; foi formatado um plano de expansão baseado no sistema de franquia e criada uma nova logomarca.
Apesar de ser uma loja franqueada, a Marisol bancou o investimento de R$ 2,5 milhões, necessário para a compra do ponto de 92 metros quadrados no MorumbiShopping, em São Paulo (SP), e reforma do espaço de acordo com o padrão arquitetônico escolhido para as franquias. As metas das mudanças são agressivas. Entre 2010 e 2014, a Marisol pretende ter uma rede de cem franquias da Pakalolo e alcançar faturamento de R$ 180 milhões com a marca, destaca Roberto Keiber, diretor executivo do grupo catarinense.
Comercializada até agora exclusivamente pelo canal multimarcas, a Pakalolo deverá contribuir com R$ 80 milhões na receita do grupo Marisol em 2009. Até o final de dezembro outras três lojas da Pakalolo serão abertas: mais duas na capital paulista (no Shopping Center Norte e no aeroporto de Congonhas); enquanto a terceira é própria em Florianópolis (SC). Até o final de 2010, a previsão é abrir mais 16 unidades monomarca, conta Keiber.
Reposicionamento
Quando comprou a marca Pakalolo, o projeto do grupo era montar um canal de vendas de grande capilaridade. Mas, no ano passado, foi contratada uma consultoria para avaliar o desempenho da marca, que incluiu a realização de uma pesquisa com consumidores.
Em novembro de 2008, foram ouvidas 2 mil pessoas entre 20 e 45 anos de todo o Brasil para entender um pouco mais o que era a Pakalolo, rede que no auge da década de 1990 chegou a ter 160 lojas, lembra o diretor. Alguns resultados surpreenderam os executivos da Marisol, como constatar que o nível de rejeição da marca era próximo de zero.
Os resultados dessa pesquisa ajudaram a traçar o novo perfil voltado para consumidores de 15 a 30 anos. O ano foi dedicado para preparar a virada, a começar da reformulação do estilo das coleções. Junto com a inauguração das franquias, a marca lança duas linhas: a Pakalolo Connect, para o público de oito a 14 anos, e a Pakalolo Premium, com edição limitada e numerada.
A loja abriu com a oferta de 400 itens, entre roupas, calçados, meias e acessórios para homens e mulheres, conta Juliano Svizzero Reghini, gerente de marketing e produto da unidade de consumo do grupo Marisol. O jeans ainda tem pouca representividade. Dos cerca de 250 modelos da coleção de verão 2010, as peças em denim representam em torno de 10%. Mas a intenção é expandir essa participação para 20% no verão de 2011, garante Keiber.
Reflexos no canal de vendas
Em 2009, a Pakalolo produziu 2,5 milhões de peças, volume que corresponde a 10% da produção total do grupo, sendo que a parte de jeans é terceirizada. O reposicionamento terá reflexos sobre o canal de vendas. Atualmente, a Pakalolo trabalha com 4 mil multimarcas. A tendência é esse canal diminuir por conta do novo estilo da coleção e do posicionamento de preço (na loja, uma camiseta branca básica custa R$ 39,90 e o casaco de moletom de verão da edição limitada em torno de R$ 200,00).
A empresa também espera recuo no volume de produção da Pakalolo. Para compensar a queda e não perder as multimarcas conquistadas, a estratégia da Marisol foi relançar a marca Mineral, desativada há quase três anos, explica o diretor. Inicialmente, as coleções da Mineral serão compostas de modelos em malha e moletom.
foto: divulgação
