Varejista registrou prejuízo e queda de receita no período, mas viu março com resultados melhores
Pelo quarto trimestre consecutivo, a Marisa Lojas amargou prejuízo. De janeiro a março, as perdas alcançaram R$ 41,08 milhões, contra os ganhos de R$ 14,74 milhões apurados em igual período de 2017, o único resultado positivo anotado desde o primeiro trimestre de 2016. A companhia explica que os resultados foram afetados pela queda das vendas nos meses de janeiro e fevereiro, por conta do Carnaval mais cedo que acabou por diminuir o fluxo de consumidores nas lojas e pelo nível de desemprego que ainda afeta a faixa de clientes atendida pela empresa. No plano interno, as reformas nas lojas para adequá-las ao modelo de setorização acabou prejudicando as vendas, assim como problemas em uma categoria importante (que a empresa não especifica qual) atrapalharam as vendas da coleção do alto verão.
De acordo com Marcelo Aráujo, presidente da Marisa, em conferência com analistas, por causa desse descompasso, os estoques ficaram acima do planejado, levando a um ciclo de promoções para encontrar o equilíbrio. “Esperamos concluir esse ajuste dos estoques na liquidação de inverno na virada de junho para julho”, afirmou o executivo. Combinados, esses fatores contagiaram também a receita líquida do trimestre que caiu 4,4% sobre igual período de 2017, reduzida para R$ 588,64 milhões.
Segundo Araújo, as vendas seguem bem também em abril, mas, a temperatura ainda elevada para a época pode afetar a vendas dos produtos de inverno que têm peso substancial. No entanto, avalia que o segundo trimestre se mostra em linha com o esperado ainda que suscetível à volatilidade da economia, aguardando bom desempenho das vendas no Dia das Mães para o qual dedicou campanha especial.
No primeiro trimestre, a companhia fechou uma loja, ficando com uma rede de 387 pontos de venda, sem previsão de mais encerramentos no curto prazo, disse Araújo aos investidores. Ele ainda atualizou a evolução do projeto M2020, que estabelece um novo conceito de lojas. Os primeiros resultados do piloto com 34 lojas (19 TOP e 15 POP) animaram a empresa a estender o modelo para mais 20 filiais no segundo trimestre.