Reflexo das medidas tomadas pela holding que controla as marcas Dudalina e Le Lis Blanc a partir das quais melhorou o plano de compras e as vendas para o atacado.
Mesmo enfrentando em julho dificuldades por atrasos no recebimento de produtos, descompasso que afetou a entrada da coleção de verão nas lojas de varejo, a Restoque avalia que no terceiro trimestre iniciou um ciclo de recuperação de vendas. O balanço financeiro do período, o primeiro depois da fracassada tentativa de se associar à Inbrands, mostra que a companhia conseguiu reduzir o prejuízo. As perdas líquidas totalizaram R$ 8,82 milhões, muito menos que os R$ 22 milhões acumulados de julho a setembro de 2015, e também abaixo dos R$ 12 milhões do trimestre anterior.
A receita operacional líquida consolidada das sete marcas controladas alcançou no terceiro trimestre R$ 282,33 milhões, praticamente os mesmos R$ 282,49 milhões, corrigidos, de igual período do ano passado, com discreto recuo de 0,1%. Conforme a empresa, houve crescimento de vendas, especialmente no atacado, “com boa entrada de coleção e maior freqüência de chegada de novidades em lojas”. Contou para isso com a melhoria no processo de planejamento de compras, o reajuste dos preços para o atacado e a qualidade do mix reformulado de produtos.
O resultado do trimestre ainda sofreu com problemas, sobretudo em julho, devido a atrasos de produção, que adiaram a entrada de lançamentos da coleção de verão no varejo. De seu lado, a antecipação das promoções afetou especialmente o varejo da Dudalina, quando analisado o comportamento das mesmas lojas. A marca de moda masculina e feminina sofreu também com queda nas vendas para o atacado.
Concentrada em recuperar os indicadores financeiros, a companhia não fez grandes investimentos no período, mantendo a rede de lojas em 328 pontos de varejo, os mesmos que operava ao final de 2015. A Le Lis Blanc mantém a maior presença no varejo do grupo com 112 lojas; a John John, que em 2016 completou dez anos, tem 61; a Bo.Bô manteve as 42 do segundo trimestre, assim como a Rosa Chá (30) e o grupo de marcas Dudalina, Base e Individual (82).
Segundo os gestores da holding afirmaram em conferência com analistas de mercado, a estratégia permanece focada na evolução da produtividade na base atual de lojas, por isso não há expectativa de abertura de unidades nem até o final do ano nem no médio prazo. Também está direcionada em promover ganho de rentabilidade e geração de caixa.