Riachuelo abre mais uma loja nos Jardins

Desta vez, rede escolheu a esquina da avenida Paulista com a rua Haddock Lobo para instalar mega unidade com seis andares de venda e mais que dobrando o lucro no primeiro trimestre.

A Riachuelo subiu o morro nos Jardins. Seis meses depois de inaugurar uma super loja na esquina das ruas Oscar Freire Haddock Lobo, a rede abriu na semana passada outra megaloja na avenida Paulista com a mesma rua Haddock Lobo. São seis pavimentos de venda, mais um de estacionamento, onde funcionava uma das grandes sedes comerciais do Unibanco, absorvido pelo Itaú. O novo endereço fica a alguns quarteirões de duas grandes concorrentes – Marisa e Renner – que mantém lojas de rua na mesma avenida.

Com projeto de reforma avaliado em R$ 12 milhões, a megaloja dedicou o piso térreo à seção feminina. No mezanino, estão lingerie, moda praia e de fitness; nos dois andares seguintes ficam a coleção masculina de roupas e calçados. O terceiro andar está reservado à seção infantil e o último piso à estréia da rede no segmento de moda casa. Ao contrário de suas concorrentes que apostam apenas no intenso tráfego de gente da Paulista para o consumo, a Riachuelo incluiu no projeto três andares de estacionamento para atrair consumidores que não trabalham nem moram na área.

A abertura da loja faz parte do plano já anunciado da empresa que pertence ao Grupo Guararapes de abrir 40 novas unidades até o final do ano, sendo dez abertas no primeiro semestre. De acordo com o relatório destinado ao mercado de investidores, a Riachuelo declara ter aberto apenas uma loja no primeiro trimestre de 2014, encerrando o período com 213 unidades em operação.

Ainda assim, a empresa concluiu o trimestre com lucro líquido 137% maior que o obtido em igual período de 2013. Somou ganhos de R$ 71,4 milhões entre janeiro e março, contra R$ 30,6 milhões. Também a receita líquida apresentou desempenho favorável com alta de 19,7% sobre o primeiro trimestre do ano passado, alcançando R$ 891 milhões.

Parte do estoque das lojas da rede é abastecida por peças confeccionadas pela Guararapes, outra empresa do grupo. Mas, a cada trimestre o volume produzido tem diminuído. Entre janeiro e março, destinou 7,2 milhões de peças, faturando R$ 307,6 milhões para a Riachuelo no primeiro trimestre de 2014. Segundo o relatório do balanço trimestre, essa redução “está contemplada no planejamento da companhia uma vez que a operação de varejo deve crescer em um  ritmo maior que a capacidade de produção do grupo. Além disso, a capacidade de produção da Guararapes está, cada vez mais, sendo utilizada para a produção de itens modais, de maior valor agregado”.

O volume de investimento perdeu a força no início do ano. Foram aplicados R$ 61,7 milhões, no primeiro trimestre de 2014, ante os R$ 110 milhões, registrados no primeiro trimestre de 2013. Sobre os próximos trimestres, a administração da Riachuelo demonstra cautela em relação ao impacto da Copa do Mundo sobre as vendas, por causa dos feriados em dias de jogo, adotando por isso projeções conservadoras. “Desta forma, espera-se um crescimento de vendas em mesmas lojas menor que o reportado no primeiro trimestre de 2014 e manutenção da margem bruta de mercadorias do ano atual em relação ao anterior”.

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