A maior parte dos recursos será aplicada na abertura de lojas da rede que deverá fechar o ano com 38 novas unidades.
Ao encerrar 2012 com área de vendas de 413,5 mil metros quadrados, a Riachuelo dobrou de tamanho ao longo dos últimos seis anos. “Vamos repetir essa façanha de dobrar de tamanho, mas, em quatro anos”, afirmou o CEO do grupo em conferência com investidores. Para atingir essa meta, Tulio Queiroz, CFO da companhia, explicou que o plano é manter a média de abrir 40 lojas por ano entre 2013 e 2016. Para este ano, diz, estão contratadas 38 unidades, a maioria em formato tradicional, ocupando área em torno de 2,5 mil metros quadrados.
Contudo, em 2014, 2015 e 2016, haverá um novo cenário, com metade das lojas sendo inauguradas no modelo tradicional e a outra metade em formato compacto, como o da Riachuelo Mulher, cuja primeira loja ocupa em torno de 600 metros quadrados. A expansão consome a maior parte dos investimentos. No ano passado, foram aplicados R$ 270,3 milhões, dos quais 87% (R$ 235,8 milhões) foram destinados à rede da Riachuelo e os outros 13% à Guararapes. Para 2013, o grupo vai ampliar o volume de recursos investido, tendo reservado R$ 450 milhões, em composição bastante similar a de 2012, informa Queiroz.
Em termos de receita líquida consolidada, o grupo registrou crescimento de 16,4% sobre 2011. Em 2012, faturou R$ 3,546 bilhões contra R$ 3,046 bilhões no ano anterior. O desempenho do indicador lucro líquido foi bem discreto. A variação positiva foi de apenas 0,5%, saindo de R$ 363,9 milhões em 2011 para R$ 365,6 milhões em 2012. O lucro do quarto trimestre foi de R$ 170, 8 milhões, representando o melhor resultado do ano, ante receita líquida de R$ 1,175 bilhão. Contudo, em relação ao terceiro trimestre, foi praticamente três vezes o lucro líquido de R$ 58,9 milhões, auferido entre julho, agosto e setembro.
A Riachuelo encerrou 2012 com 169 lojas, 24 a mais do que tinha em 2011, das quais 17 foram inauguradas nos últimos três meses do ano. A fábrica da Guararapes é responsável por atender a 45,3% dos produtos comercializados nas lojas, com volume de produção de 41 milhões de peças em 2012, 15,7% a menos do que o fabricado em 2011. Segundo a empresa, a produção interna foi reduzida devido à decisão de concentrar na Guararapes o desenvolvimento de modelos de moda, o que exigiu investimento em modernização de fábrica, como compra de máquinas automáticas de bordado e de corte computadorizado.