A coleção pre-fall que a marca francesa mostrou em Dallas surpreendeu com o tratamento generoso reservado ao denim dos caubóis e dos rancheiros.
Em uma seqüência surpreendente, a Chanel no pre-fall alçou o jeans a um outro patamar de tratamento. O Texas é o pano de fundo para o desenvolvimento da coleção, desfilada a semana passada em Dallas, como homenagem à hospitalidade da cidade para com Coco Chanel, no pós-guerra, quando Paris rejeitava a estilista. Absorveu todos os estereótipos atribuídos à região: os caubóis; os ponchos dos rancheiros; o colorido dos comanches; os cobertores listrados; os casacos com franjas; penas e miçangas; as botas; os babados brancos; os chapéus de vaqueiro; os coldres que no lugar de revólveres abrigavam frascos do perfume Channe N.5; as jaquetas; e muitos detalhes.
A riqueza do tratamento foi generosa com o denim, especialmente para as mulheres. O tweed em tom terroso foi combinado a uma sarja meio empoeirada na calça feminina sequinha. Os vestidos em denim escuro com sobreposição de babados brancos, e combinados a grandes pulseiras feitas do mesmo material assumiram a elegância da marca. Também estavam na passarela os excessos típicos do Texas, representados pela jaqueta em denim, respingada de foil (não dourado, de pó de ouro mesmo), com galões metalizados nos ombros, arrematados por franjas curtas, e usada com calça cuja superfície lembrava escamas, pacientemente pregadas em linhas horizontais. O mesmo trabalho se repetiu na jaqueta com debrum claro em contraste.
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