Nada do amarelo-acastanhado típico do couro cru ou do pretinho básico, as grifes internacionais arriscam tonalidades mais ousadas para as peças
Seguindo a lógica da moda dos calçados, o couro colorido subiu para as roupas. A temporada mais recente dos desfiles internacionais, que projetam as vitrines do inverno dos mercados situados ao norte do globo, exibe certa ousadia nas escolhas. Seja denim com cara de couro, sejam peças de couro legítimo ou sintético, as grifes resolveram brincar com as cores e conseguiram peças marcantes.
Tonalidades de vermelho valorizaram saias – em A do alemão Schumaker, a reta da C’est Tout e com textura de Marc Jacobs; a flare feminina da Diesel, assim como a skinny masculina de Balenciaga.
O vermelho foi opção para outras peças femininas, como o colete da Acne e a calça com recortes de Matthew Willliams.
Schumaker tingiu de um tom de verde sofisticado a skinny feminina e a saia reta com zíper frontal. Também a Diesel usou o verde para a skinny feminina. Maçã verde foi a tonalidade escolhida para a jaqueta da Acne.
Ao optar pelo couro, Schumaker atualizou a batida combinação do bege, aplicado a casaqueto quadrado e curto, com o vermelho, na saia.
Variações do bege mudaram a calça slim masculina e o vestido tomara-que-caia, ambos criações de Michalsky. Emporio Armani preferiu trabalhar com coloração mais próxima do couro natural.
O cinza do inverno teve versão azulada na jaqueta sem brilho de Mulberry e de Dallin Chase, enquanto Emporio Armani brincou para o masculino com o tom das geleiras e com o cinza em transição para o marrom.
Não faltou o marinho, garantido na saia de Schumaker, no vestido e na calça jodhpur da GStar, que usou o mesmo tom com efeitos na calça masculina.
Tampouco faltou o marrom em variantes como nas calças masculinas de Kenzo e de Louis Vuitton, ou na skinny de Dimitri.
Em Nova York, Jeremy Scott foi mais longe, e incluiu minissaia e shorts amarelos, saia godê blocada de amarelo e rosa, top azul, saia em vermelho, além da calça masculina no mesmo tom.