Pascaline Wilhelm, diretora de moda da Première Vision, joga com a superstição em torno do número 13 propondo talismãs para uma estação de transição
“Inovação, criação e otimismo são as palavras-chave da pesquisa para essa estação e para combater uma moda que está muito uniformizada”, afirmou a diretora durante a Conferência de Moda, realizada na Premiére Brasil. A proposta do verão segue em direção ao equilíbrio.
Pascaline defende que a estação será luminosa, porém, sem a intensidade das cores do verão passado, que se prolongou pelo inverno. A cartela de cores é ainda menor que a de inverno. São 20 tonalidades, entre as quais o Fluo de vermelho e suas variantes (do vinho ao rosa), Metal (verdes escuros, amarelo, pó de osso, azul bebê e roxo) e dos Verdes para reforçar o apelo ecológico. São cores que formam a gama de verão, acentuada por tons puros e intensos com outros suaves.
No jogo de sombra e luz, a volta do clássico bicolor em preto e branco. “Sublinhado com alaranjados e verdes para acordar os clássicos”, descreve.
Com o mundo aturdido pela crise econômica, da qual o Brasil escapa, faz questão de salientar a diretora da Première Vision, o tempo convida ao estado de curiosidade, de pesquisa por inovação. A equipe trabalhou alguns eixos de reflexão da moda, como o esforço de buscar roupas confortáveis, que trabalhem o natural junto com o artificial, fazendo uma moda moderna e sem nostalgia.
Os contornos ficam mais soltos e a leveza pode vir pela sobreposição de camadas ou arquitetada na forma de pences, debruns, pregas, rugas e plissados.
Transparência, aberturas, gazes e rendas são elementos a considerar nas coleções do verão. Jeans cada vez mais descoloridos, assim como etiquetas e rebites também clareados. Com degradês menos marcados. Na ponta inversa, o denim quase sem lavagem, com bordas arredondadas.
Estampas em bordados, listras irregulares, grafismos e formas geométricas que remetam à ideia de movimento estão entre as direções previstas para o verão de 2013.
foto: divulgação
