Na Versace, fim da era de Donatella na criação, e Gucci tira Demna Guasalia da Balenciaga que assume como novo diretor criativo.

O movimento de dança das cadeiras entre marcas de luxo acelerou em março. A maior surpresa foi o anúncio do fim da era de Donatella Versace à frente da criação da marca criada por seu irmão Gianni, morto em 1997. Mas ela não se desliga completamente da empresa.
Conforme comunicado da Capri Holdings, dona da Versace, assim como da Jimmy Choo e da Michael Kors, Donatella assumirá o cargo de embaixadora-chefe da marca a partir de 1º de abril. Terá entre outras atribuições, garantir apoio às ações filantrópicas e beneficentes da Versace, diz o informe corporativo.
Para diretor de criação da marca, a Capri contratou Dario Vitale que, até dezembro passado, respondia pela área na Miu Miu, marca jovem da Prada. No lugar dele, assumiu Francesca Nicoletti que já era da equipe criativa da grife.
A mudança que marca o fim da era de Donatella chega em meio a especulações de que a Prada estaria comprando a Versace.
RENOVAÇÃO NA GUCCI
De forma a reverter os resultados considerados negativos da Gucci, o grupo Kering promoveu uma dança das cadeiras entre suas marcas de luxo. Tirou Demna Guasalia da criação da Balenciaga, que vai assumir como novo diretor artístico da Gucci. Ele que estava na Balenciaga há uma década, tendo lançado em 2014 sua própria marca, a Vetements, assumirá o posto a partir de julho.
Até fevereiro, a criação da Gucci estava a cargo de Sabato de Sarno, que ficou na grife por dois anos. E, por enquanto, não há indicação do sucessor de Demna na Balenciaga.
Conforme o noticiário econômico internacional, os investidores não viram com bons olhos a movimentação na Kering, com as ações perdendo valor logo após o anúncio.
foto: divulgação Capri Holdings (Donatella Versace no Met Gala 2024)