Assume interinamente como diretor-presidente da companhia Fábio Mascarenhas Alves, diretor de relações com investidores.

Marco Antônio Branquinho Júnior deixou o cargo de diretor-presidente da Cedro Têxtil na sexta-feira, 28 de fevereiro. Primeiro executivo de fora da família Mascarenhas a assumir o posto, ele comandou a Cedro desde janeiro de 2014, substituindo Aguinaldo Mascarenhas Diniz Filho. A empresa foi fundada pela família em 1872, sendo a primeira sociedade anônima do Brasil. Suas ações são negociadas na bolsa de valores de São Paulo desde 1981. Conforme fato relevante relativo à saída de Branquinho publicado na semana passada, o mandato dele iria até 30 de abril de 2025.
O executivo deixou a Cedro, onde trabalhava desde 2004, em decisão encaminhada ao Conselho de Administração. A diretoria designou, então, Fábio Mascarenhas Alves, atual diretor de relações com investidores, para responder interinamente pela presidência da companhia até o final da próxima semana, quando o Conselho de Administração deverá indicar o profissional que assumirá a função até, pelo menos, 30 de abril.
NEGOCIAÇÃO COM A VICUNHA
A saída de Branquinho não é a única mudança em torno da Cedro Têxtil. Em maio de 2024, o bloco de controladores da Cedro assinou memorando de entendimento com a Vicunha Têxtil para venda do controle. Desde então, as empresas não emitiram novo comunicado ao mercado. Se confirmada a venda, a Vicunha teria oportunidade de entrar mais fortemente no segmento de roupas profissionais, hoje liderado pela Cedro no Brasil.
Na área industrial, a Cedro opera quatro fábricas, todas localizadas em Minas Gerais, onde produz tecidos especiais para a linha de Workwear, além de denim e sarja para moda com a unidade de Jeanswear. Mantém uma fábrica em Sete Lagoas, outra em Caetanópolis e duas em Pirapora. A sede é na capital mineira Belo Horizonte.
foto: divulgação de 2018 (Marco Antônio Branquinho Júnior)