Collabs para enfrentar a covid-19

Riachuelo usa pequenas oficinas; Canatiba se une a Vironda e Kapiton; Lupo arrecada fundos; e Clube da Costura faz máscaras do Mega Moda.

Para enfrentar a disseminação da covid-19 pelo Brasil, empresas do setor recorrem à união de esforços. A Riachuelo anunciou que a nova rodada de doações envolverá 928.203 mil peças, entre itens hospitalares e roupas para pacientes e profissionais da saúde. São 655 mil máscaras de proteção, 28 mil jalecos hospitalares, 12.680 aventais para pacientes, 12.523 entre toalhas e mantas. A produção será encaminhada para oficinas que já prestam serviços à varejista, e fazem parte do projeto Pró-Sertão, formado por microempreendedores.

A varejista também decidiu separar 220 mil peças de roupas para presentear mulheres que estão na linha de frente de atendimento e de combate ao novo coronavírus, para o Dia das Mães.

Com essas ações, a Riachuelo calcular ter contribuído com o equivalente a R$ 13 milhões. “E planeja aumentar a quantidade conforme a necessidade”, diz a empresa em comunicado à imprensa.

As doações estão sendo destinadas às secretarias de Saúde de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Santa Catarina; para a Cruz Vermelha Brasileira dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro; ao Hospital das Clínicas de São Paulo; ao Projeto Free Free, de São Paulo: para a Liga Contra do Câncer, do Rio Grande do Norte; e para a Central Única das Favelas (Cufa).

Ainda com o governo potiguar, a Riachuelo assumiu o compromisso de produzir 3 milhões de máscaras de proteção. Os itens serão distribuídos à população do estado.

50 MIL MÁSCARAS PARA SANTA BÁRBARA D’OESTE

Com parque fabril instalado em Santa Bárbara D’Oeste, interior de São Paulo, a Canatiba se juntou a outras duas empresas da cidade para doar máscaras de proteção para a prefeitura. O fabricante têxtil doou 2,6 mil metros lineares de tecido, incluindo bases em denim. E as confecções Vironda e Kapiton cuidarão da produção de 50 mil máscaras.

Em outra ação, a Canatiba doou para a Riachuelo 2 mil metros de uma sarja especialmente tratada. O tecido será usado para a confecção de máscaras de proteção a serem repassadas para instituições de saúde. Segundo comunicado da empresa, outras empresas receberam doações ou tecidos a preços subsidiados totalizando cerca de 8 mil metros.

R$ 2 MILHÕES PARA LEITOS DE UTI EM ARARAQUARA

Em iniciativa liderada por Liliana Aufiero, presidente da Lupo, empresários da região de Araraquara, outra cidade do interior paulista, arrecadaram R$ 2 milhões. O dinheiro será empregado para a construção de dez leitos de UTI na Santa Casa de Araraquara. Em ação anterior, o fabricante de meias e outros artigos de moda íntima e esportiva já doara 3 mil máscaras para o mesmo hospital.

Feitos de TNT, os itens de proteção foram confeccionados na fábrica da empresa, que foi adaptada. A Lupo informa, ainda, que está na fase final de desenvolvimento de um maquinário especial, que permitirá fazer o ‘plissado’ que permite melhor ajuste da máscara ao rosto.

A empresa também passará a comercializar as máscaras. Mas avisa que “está priorizando os pedidos de estabelecimentos que prestam serviços essenciais, como supermercados, indústrias e clínicas médicas”. Em uma segunda etapa, a empresa venderá as máscaras na rede de lojas de varejo e no e-commerce da marca.

PROTEÇÃO A QUEM CIRCULA PELO MEGA MODA DE GOIÂNIA

O Clube de Costura, localizado no Mega Moda Shopping, decidiu ampliar a produção de máscaras de proteção respiratória. Feitas de tecido, as máscaras serão distribuídas, gratuitamente, a clientes do complexo comercial (Mega Moda Shopping, Mega Moda Park e Mini Moda), lojistas e funcionários. A meta é chegar a 5 mil máscaras. Para isso, o Clube passou a contar com cinco costureiras – duas contratadas e três voluntárias.

De acordo com Thâmara Zaia, gerente de marketing do Mega Moda, as máscaras serão entregues dentro de embalagem lacrada, com instruções de uso. Antes de serem embaladas, passarão por um processo de lavagem esterilizada, informa o comunicado à imprensa.