Dia da abertura da feira chinesa GoTex, empresários e sindicatos de empregados da categoria vão colocar cruzes na avenida como protesto ao fechamento de postos de trabalho no Brasil.
Apesar de afirmar em nota à imprensa de que o protesto não é contra a feira chinesa GoTex Show, quatro entidades de empresários e três de trabalhadores escolheram o dia de abertura do evento, segunda-feira, 27 de outubro, para realizar ato “para chamar a atenção do governo e da sociedade para a falta de competição justa e o excesso de carga tributária sobre o setor brasileiro”, declaram em nota conjunta as entidades de classe.
A partir das 13 hs, os manifestantes vão espetar 150 cruzes no canteiro central da avenida que fica em frente ao pavilhão amarelo do Expo Center Norte, onde acontece a feira. “Representará o cemitério dos empregos: 14 mil postos de trabalho que foram fechados nos últimos 12 meses no setor têxtil e de confecção do Brasil”, explicam as entidades em nota assinada por Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Sinditec (Sindicato das Indústrias de Tecelagem de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré), Sinditêxtil-SP (Sindicato de Fiação e Tecelagem de São Paulo), Sindivestuário (Sindicato das Indústrias do Vestuário de São Paulo), Conaccovest (Confederação Nacional dos trabalhadores das Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados), Fetratex (Federação dos Trabalhadores Têxteis) e Sindmestres (Sindicato dos mestres e contramestres de São Paulo).
O ato servirá também para cobrar mudanças do presidente eleito, em especial com relação ao andamento da proposta de criação do Regime Tributário Competitivo para a Confecção. Segundo a Abit, estudo mostra que “se o RTCC fosse implantado, até 2025 o setor criaria mais 597 mil vagas e a produção cresceria 117%. Para tanto, a carga atual de tributos que uma confecção paga hoje, em média de 18%, seria fixada em 5% para todos os tamanhos de empresa”.