Mantido o ritmo encontrado no final de 2019, a expectativa da entidade é a produção têxtil e de roupas crescer 2,3% em 2020.
Embora avalie que 2020 será um ano ainda com instabilidade, a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) projeta indicadores positivos. Sobre 2019, o presidente da entidade, Fernando Pimentel, disse que o ano está terminando melhor do que começou. “O ano foi conturbado politicamente e com muitos ruídos. Mas o saldo é positivo”, afirma o executivo, fazendo o balanço anual.
As projeções para 2019 da Abit indicam a produção têxtil em baixa de menos 1% a menos 2%. Ainda que novembro e dezembro estejam mais aquecidos, Pimentel pondera que dificilmente o setor conseguirá reverter o encolhimento em dois meses. Para as confecções de vestuário a perspectiva é melhor. A associação pressupõe indicadores entre 0% a 0,6% em 2019.
Para as vendas internas de varejo, o prognóstico avança um pouco mais. A previsão é de expansão entre 0,6% e 1%, com parte da demanda sendo abastecida por produtos importados.
INDICADORES PREVISTOS
De acordo com a Abit, os indicadores previstos para 2020 são todos positivos. A produção têxtil e de confecção teria expansão média de 2,3%. As vendas internas de varejo subiriam 3%. Se esses números se materializarem, diz Pimentel, permitiriam a criação de 6.610 empregos ao longo de 2020.
Ele também estima que as exportações continuem aquecidas, impulsionadas pela alta cotação do dólar frente ao real. Também pela internacionalização de redes de varejo, como a Renner, que só em dezembro abriu seis lojas – quatro na Argentina e mais duas no Uruguai, onde já operava com outra sete unidades. E que exporta o mix do Brasil.
A pesquisa de conjuntura expressa confiança por parte do empresariado do setor em dias melhores. A única área vermelha do mapa de calor de dezembro corresponde ao nível de emprego, destaca o presidente da Abit.