Estimativa aponta produção de roupas menor no país e aumento de importação.

Frente ao desempenho do primeiro semestre de 2021, a Abit revê projeções para o ano. Em dezembro, ao fazer o balanço de 2020, a expectativa da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção era de retomada dos negócios ao nível de 2019. A previsão da entidade continua a ser de recuperação mas
em ritmo mais contido que o esperado.“Se nada acontecer mais para frente, atingiremos as metas”, afirmou a jornalistas, Fernando Pimentel, presidente da Abit.
O setor convive com a pressão do aumento de custos, do nível de desemprego no país e a ameaça de crise hídrica. Porém, segundo Pimentel, muitas empresas do setor já estão trabalhando em planos de contingência, como a entrada em operação de geradores próprios, como feito na crise de 2001.
“Tudo indica que o momento crítico para o sul e o sudeste será em novembro. Algumas empresas estão avaliando antecipação de produção, para garantir faturamento”, acrescentou Pimentel.
PROJEÇÕES REVISTAS
Para a produção de manufaturas têxteis, a Abit prevê 2 milhões de toneladas em 2021, mantendo a projeção de dezembro.
O valor dessa produção aumentaria em relação ao inicialmente previsto. Passaria dos iniciais R$55,3 bilhões estimados para R$57,5 bilhões em 2021.
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A Abit revê produção nacional de vestuário que cairia um pouco. Recuaria de 5,8 bilhões de peças previstos para 2021 em dezembro para 5,7 bilhões.
Essa discreta redução reflete também no valor da produção de vestuário no país para R$146,6 bilhões.
A importação de roupas subiria com o varejo previsto para movimentar 6,4 bilhões de peças (ante os 6,2 bilhões estimados). Mas a receita do varejo de vestuário cairia para R$204 bilhões (ante os R$229 bilhões estimados) em 2021.
De modo geral, a rota é de crescimento em relação ao fraco 2020, porém, ainda abaixo do patamar de 2019.
A reportagem de dezembro contém gráficos de balanço, desempenho projeções para o período de 2015 a 2023, fornecidos pela Abit.