Em oito meses, indústria cria 70 mil empregos e supera as perdas de 2020
Não só os empregos perdidos em 2020 foram superados. Em oito meses, o Caged mostra que a indústria têxtil e de roupas registrou 71.818 empregos formais criados de janeiro a agosto deste ano. Só em agosto, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados o setor contou com 10.457 vagas novas.
O acumulado do ano praticamente zera os empregos perdidos pelo menos nos últimos três anos entre fabricantes de produtos têxteis e vestuário. Foram 36.731 vagas fechadas em 2020, ano marcado pela pandemia de covid-19. Em 2019, o setor fechou 10.574 vagas e em 2018 cortou 27.609 empregos com carteira assinada.
No acumulado de três anos, ao todo, a indústria têxtil e de roupas eliminou 74.914 vagas.
“Já superamos as perdas ocorridas no ano passado e agosto de 2021 é o melhor mês de agosto em dez anos, em relação a geração de postos formais de trabalho”, declarou Fernando Valente Pimentel, presidente da entidade Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), em comunicado distribuído à imprensa.
Na nota ele comenta que os 10 mil empregos a mais de agosto correspondem a 2,5% das 372 mil vagas criadas entre todas as atividades do país, incluindo indústria, comércio, agropecuária, construção e serviços.
DESEMPENHO POR ATIVIDADE
Em agosto, só as confecções de roupas abriram 7.855 postos de trabalho e os fabricantes de têxteis, 2.602 vagas.
De janeiro a agosto, o acumulado do Caged mostra 51.516 empregos formais nas confecções e 20.302 na indústra têxtil.
“Nos últimos 12 meses, tendo agosto como base, foram 102.658 (30.075 no segmento dos têxteis e 72.583 no de vestimenta)”, acrescentou a nota da Abit.
O levantamento do GBLjeans no Caged apura criação de vagas no comércio atacadista de roupas (+1.527) e de tecidos (+696) no acumulado do ano até agosto.
Já o varejo de roupas mantém saldo negativo de 16.972 empregos em oito meses. Porém, em agosto abriu 9.447 postos.