Chuvas intensas marcarão o verão brasileiro

Influenciados pelo fenômeno La Niña, os temporais atingirão o país de dezembro a março, informa a a Climatempo

A previsão do tempo para o verão é de intensas chuvas em todo o Brasil. Em decorrência do La Niña, as tempestades castigarão o país e as temperaturas não serão tão altas. Isso porque o fenômeno resfria as águas no Oceano Pacífico e altera o comportamento do clima, provocando aumento das chuvas, com algumas regiões registrando índices acima da média para a estação.

Segundo a Climatempo, a quantidade de chuva será maior no nordeste, mas atingem fortemente todo o país entre dezembro e janeiro.
O verão começou, oficialmente, às 3h30 do dia 22 de dezembro, no horário de Brasília, e termina às 2h14 do dia 20 de março. Entre os três meses, as cinco regiões brasileiras sofrerão variações no clima.

#Região Sul
A partir da segunda quinzena, a previsão é  de passagem de várias frentes frias que, além da chuva forte, provocam precipitação de granizo e ventania, principalmente no Rio Grande do Sul. Em janeiro, as fortes chuvas serão decorrentes, principalmente, da formação de áreas de instabilidade, em particular sobre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No norte do Paraná, a chuva ficará acima da média e até a capital, Curitiba, estará sujeita a fortes temporais.

O período chuvoso vai se estender até fevereiro. Na segunda semana do mês, está prevista frente fria que deverá provocar chuva forte, com possível queda de granizo e ventania, no leste do Paraná. Para o começo da segunda quinzena de fevereiro está prevista outra frente fria, com fortes temporais no sul do Rio Grande do Sul. Em março, os temporais amenizam, com previsão apenas para atingir Santa Catarina, no começo do mês.

#Região Sudeste
Para o fim de dezembro, a Cimatempo prevê a chegada de forte frente fria, que favorecerá a formação de áreas de instabilidade, que provocam temporais e ventos fortes. Em janeiro, a chuva poderá fica mais intensa devido a três episódios de ZCAS, na primeira, na terceira e na última semana do mês. Os maiores totais acumulados acontecem no Rio de Janeiro, no sul de Minas Gerais e no norte de São Paulo, onde podem acontecer intensos temporais, com riscos de enchentes e deslizamentos, como reforça a Climatempo. No norte de Minas Gerais, do Espírito Santo e no extremo leste de São Paulo não há influência das massas de nebulosidade e as chuvas serão irregulares e ficam abaixo da média.

Fevereiro chegará com tempo fechado e chuva contínua e volumosa no norte de São Paulo, no Rio de Janeiro e no Triângulo Mineiro, nos dez primeiros dias. No início da segunda quinzena do mês, a chuva será intensa no norte de Minas Gerais e no Espírito Santo. Nas demais áreas da região, a previsão é de chuva normal e ligeiramente abaixo da média.

#Região Centro-Oeste
Dezembro terminará sob chuva, com episódios de ventania no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Janeiro exigirá atenção, pois a previsão é para que a chuva ultrapasse a média histórica, concentrando os maiores volumes durante a primeira quinzena do mês. Intensas áreas de instabilidade com chuvas irregulares são previstas para o final do mês.

Em fevereiro, o excesso de chuvas volta ao Mato Grosso e Goiás, mas o período intenso não se estenderá e a chuva deverá variar entre normal e acima da média, seguindo os parâmetros da Climatempo. Fechando o verão, março poderá registrar chuva intensa no Mato Grosso e em Goiás.

#Região Nordeste
Depois das cuvas fortes em algumas áreas da região, em dezembro, o tempo deverá permanecer seco em praticamente toda a região, onde não deverá chover mais que 150 mm, em janeiro. As pancadas serão irregulares e, em alguns pontos podem ser fortes, especialmente no oeste da Bahia, no Maranhão e no centro-sul do Piauí.

As chuvas intensas chegarão à região em fevereiro, e vão continuar em março. Na Bahia e no norte do Piauí, os totais mensais podem superar em até 200 mm a média, com bastante chuva prevista para o fim da primeira quinzena do mês. Por volta do dia 20, a chegada de áreas de instabilidade oceânicas favorece a chuva na costa leste nordestina, especialmente no litoral e na Zona da Mata de Alagoas e de Pernambuco. Nos últimos dias de verão, a chuva deve vir bem acima do normal no Maranhão, Piauí, Ceará e o oeste da Paraíba. Entretanto, na Bahia deve chover menos. 

#Região Norte
No começo da estação, o ar mais quente e seco que o normal predominará no leste de Roraima e do Amazonas, no centro-sul do Pará e no Tocantins, onde a chuva ficará abaixo da média para dezembro. Mas janeiro começa com fortes pancadas de chuva, somando um total acumulado que ficará acima da média para a época.

Os maiores volumes estão previstos na maior parte do Amazonas, no Acre e em Rondônia, onde os desvios positivos podem chegar a 100 mm. O alerta da Climatempo vai para o Pará, onde a previsão anuncia chuva volumosa, mas rápida. Mesmo assim, no sudeste do Amazonas, no centro-sul de Roraima e no Tocantins registrarão menos chuva que o esperado.

Em fevereiro, a região terá redução de até 200 mm abaixo do esperado nas chuvas. Mas o Pará e o Tocantins ainda deverão manter o alerta por causa das chuvas. Em março, a passagem para o outono ainda será marcada por chuvas excessivas, no Pará e no Tocantins.

foto: divulgação