Indicador da Câmara de Comercialização sugere recuperação no ritmo de produção no setor.
Ainda que a base de comparação seja muito fraca, o indicador de consumo de energia elétrica no Brasil mostra que o setor têxtil vem aos poucos retomando o ritmo desde janeiro de 2021 em relação ao ano anterior. Conforme a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), na primeira quinzena de junho, o consumo de energia ficou em alta na têxtil, com taxa de expansão de 67% sobre igual período de 2020.
Assim como em maio, o consumo do setor têxtil de junho foi novamente um dos que mais cresceu entre as 15 atividades monitoradas pela câmara responsável por gerenciar a comercialização de energia elétrica no país, tanto no ambiente regulado, como no ambiente livre e no mercado de curto prazo.
Dados preliminares apontam para consumo de 648 megawatts médios na indústria têxtil na primeira quinzena de junho.
O maior consumo ficou concentrado nos estados de São Paulo (185 megawatts médios), Santa Catarina (144 megawatts médios) e Minas Gerais (82 megawatts médios).
Tradicionais polos têxteis do país, os três estados responderam por 63% do consumo de energia elétrica na primeira quinzena de junho.
Em maio inteiro, o consumo têxtil foi de 651 megawatts médios, que correspondeu a aumento de 87% sobre o fraco maio de 2020.
Contudo, sobre maio de 2019, o consumo de 2021 representa queda de 2,5%, aponta a CCEE.
RAZÕES DO AUMENTO
Na avaliação da Câmara, o aumento do consumo médio do setor têxtil estaria associado “à recuperação das importações da indústria têxtil e de confecções”, diz o comunicado enviado à imprensa.
Também cita “a curva de aprendizagem de setores da economia para operar durante a pandemia de covid-19 e a flexibilização de medidas restritivas em várias regiões do país, que ajudam a reaquecer o comércio de vestuário”.
CONSUMO DE ENERGIA GERAL
O consumo total do país cresceu 6,8%, para 60.958 megawatts médio, informa a prévia da primeira quinzena de junho de 2021, quando comparado à primeira quinzena de junho de 2020, ainda sob o impacto da pandemia.