Responsável pela pesquisa, a FecomércioSP avalia que o resultado positivo reflete a diferença de dias a mais sobre fevereiro do que efetiva recuperação.
A receita do varejo em São Paulo aumentou 11,2% em março quando comparada a fevereiro, refletindo a expansão verificada em todos os novos segmentos monitorados pela FecomércioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), incluindo lojas de vestuário, tecidos e calçados. Os dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente segundo informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz), mostram que o faturamento real do segmento de moda cresceu 15% no estado, para R$ 3,24 bilhões, frente à receita geral de R$ 43,33 bilhões.
De acordo com a federação, o crescimento de março representa “um resultado isolado devido ao maior número de dias úteis no mês, já que este ano o Carnaval ocorreu em fevereiro. Isso fez com que o efeito-calendário fosse decisivo para evitar a seqüência de taxas negativas do varejo paulista”. A partir de abril, a previsão é de queda sucessiva, com retração em abril estimada entre 3% e 4%. O comportamento da receita repetiu-se nas vendas da capital.
De modo geral, o comércio varejista da cidade faturou 14,7% a mais que em fevereiro, com receita de R$ 13,51 bilhões. As lojas de vestuário, tecidos e calçados sustentaram a segunda maior expansão, com aumento de 25,2% para alcançar R$ 1,16 bilhão, atrás das concessionárias de veículos, cujo faturamento aumentou 28,8%, chegando a R$ 2,39 bilhões.
Queda sobre ano anterior
Ao comparar com os resultados de março de 2014, a pesquisa revela que as vendas cresceram para o varejo como um todo, apesar de pequeno: a alta foi de 1,6% no período. Como o segmento de maior faturamento, o aumento de 3,4% das vendas nos supermercados funcionou como alavanca para o desempenho positivo do índice geral. Por outro lado, as lojas de moda foram a atividade que mais enfrentou contração das vendas no varejo paulista na comparação entre março de 2015 e de 2014. A queda foi de 10% no estado e de 16,6% na capital, mostra a pesquisa.
No estado, no mesmo intervalo, também caíram as vendas de lojas de móveis e decoração (5%), de concessionárias de veículos (-2,7%) e de lojas de departamento e eletrônicos (-0,6%). Na capital, além de moda, recuou o faturamento das lojas de móveis e decoração (– 8%) e de de lojas de departamento e eletrônicos (-3,8%), mostram os dados da pesquisa.