Pesquisa da Fiesp revela que as empresas de vestuário ampliaram o quadro em 0,4% e as têxteis cortaram 0,2% dos postos, em julho.
Em relação a junho, a indústria paulista têxtil e de vestuário voltou a mostrar desempenho inverso. As confecções de vestuário abriram 629 vagas em julho, representando aumento de 0,4% em relação ao mês anterior, de acordo com a pesquisa realizada mensalmente pelo departamento de economia da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). No mesmo período, a indústria têxtil cortou 219 postos de trabalho, que corresponde a recuo de 0,2%.
Ao divulgar os resultados, que mostram queda de 0,36% no nível de emprego do setor industrial como um todo (já feito o ajuste sazonal), a Fiesp resumiu o desempenho como atípico para o mês de julho. Essa variação correspondeu ao corte de 5,5 mil vagas. Em torno de mil delas, deve-se ao fechamento de fábrica de calçados em Franca, no interior paulista. Por ordem judicial, a empresa teve as atividades encerradas demitindo mil trabalhadores, informou a Fiesp.
Embora pontual, o episódio agravou o quadro. Se não fosse por isso, os 0,36% negativos não ganhariam essa medalha de pior julho de todos os anos”, afirmou Paulo Francini, diretor do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos). A entidade manteve a previsão de encerrar 2013 com 10 mil a 15 mil vagas a mais, ante o corte de 53 mil postos de 2012.