Corte da indústria de roupas e de produtos têxteis acumula 35.380 demissões em 2015, mostram os dados da pesquisa divulgada na semana passada.
Geralmente, em dezembro o nível de cortes de emprego na indústria aumenta por conta da dispensa dos trabalhadores temporários. Mas, o mês passado foi bastante ruim para a indústria paulista em geral, e em particular para os setores de produtos têxteis e de confecção de vestuário. Das 53.500 vagas fechadas, 3.259 correspondem a demissões efetivadas pelas confecções. Outros 2.656 postos de trabalho foram encerrados pelo setor têxtil.
Com os resultados de dezembro, a indústria em geral acumulou 235.000 vagas a menos do que mantinha em 2014, revela a pesquisa mensal da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), cujos resultados foram divulgados a semana passada. De janeiro a dezembro, as empresas de vestuário cortaram 21.130 empregos e a têxtil encerrou 14.250 postos.
A Fiesp trabalha com projeção de queda de 6% do emprego na indústria em 2016, o que representaria 165 mil vagas a menos. O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon) avalia que a desvalorização do real frente ao dólar tende a melhorar o quadro. “Mas a forte queda da demanda doméstica não garante perspectiva de que 2016 recupere os empregos perdidos em 2015”, afirma o gerente do Depecon, Guilherme Moreira.