Venda tem alta em relação a abril, mas cai pela metade no acumulado de cinco meses.
Após a baixa de abril, a exportação de denim sobe 20% em maio, gerando US$3,4 milhões para a balança comercial do Brasil. Na comparação com maio de 2022, entretanto, as vendas externas apresentam queda de 36%, mostra o levantamento elaborado pelo GBLjeans com base no sistema de controle de comércio exterior do governo federal.
Ainda que a exportação de denim sobe quase 20% de um mês para o outro, o acumulado de janeiro a maio revela baixa acentuada. Fica 54% abaixo do realizado nos primeiros cinco meses de 2022, demonstrando que a normalização da cadeia global do segmento afetou os negócios brasileiros.
Em maio, o maior comprador do denim produzido no Brasil é a Argentina, que comprou US$1,1 milhão. Outro grande comprador em 2022, a Colômbia caiu para sexto lugar com compra de US$169 mil. Ficou atrás de Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.
No acumulado do ano, a Colômbia ficou em terceiro lugar, sustentando compra de US$2,2 milhões, atrás de Argentina e Paraguai.
Mesmo ainda longe do patamar de antes da pandemia de covid-19, a importação de denim vem aumentando. Em maio, deu um salto e tanto, quando o Brasil importa US$985 mil, quase três vezes o valor de abril. A China permanece como principal fornecedor.
Da mesma forma, o acumulado de janeiro a maio apresenta forte crescimento. Passa de meros US$100 mil nos mesmos cinco meses de 2022 para US$1,7 milhão em 2023.
BALANÇA COMERCIAL EM EFEITO GANGORRA
Na passagem de abril para maio, cresce o comércio exterior brasileiro no mercado têxtil, a despeito da queda nas vendas de algodão.
O Brasil exporta US$204 milhões em maio, aumento de 1,35% em relação a abril. Porém, quando comparado ao desempenho de maio de 2022, a baixa é de 31%.
Desse total de maio, a exportação de algodão contribui com US$111 milhões e a de roupas com mais US$18 milhões.
A importação do setor têxtil em geral do Brasil aumenta 5,5% em maio, quando registra compra de US$506 milhões, basicamente da China. Mas sobre maio de 2022, o volume negociado corresponde a alta de 16%, revela o levantamento do GBLjeans.
Em roupas, o Brasil compra US$154 milhões em maio, queda de US$13,5% sobre abril, quando também teve redução. Sobre maio de 2022, o volume corresponde a crescimento de 34%.
No acumulado do ano até maio, a importação têxtil em geral contabiliza crescimento de 5,82% sobre igual período de 2022. Somou US$2,4 bilhões em cinco meses.
Desse total, a compra de roupas importadas sustenta US$915 milhões, aumento de 28% na comparação com o acumulado de janeiro a maio de 2022.
A exportação têxtil brasileira em cinco meses até maio totaliza US$1 bilhão, 47% a menos que em igual período de 2022.
Vendas de algodão correspondem a US$682 milhões, baixa de 56% em relação a 2022.
Também a exportação de roupas acumula vendas em queda. O país exportou US$74,5 milhões entre janeiro e maio de 2023, leve redução de 1,1% sobre 2022.
NAVEGUE PELO GRÁFICOS
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