Alta não chegou a dois dígitos de expansão, mas compras estão voltando ao patamar de antes de maio, quando deram um salto a partir de janeiro
As importações brasileiras de roupas e outros itens têxteis subiram em julho 8,3% frente às transações realizadas no mês anterior, atingindo US$ 483,5 milhões. Também cresceram em relação a julho do ano passado, com avanço considerável de 21,22%, revelam os dados do sistema de controle da balança comercial do país administrado pelo ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Desde maio, a participação de roupas sobre o total importado vem caindo e não foi diferente em julho.
Com compras avaliadas em US$ 125,67 milhões, o vestuário respondeu por cerca de 26% das importações totais do setor (já chegou a representar 41%). O valor movimentado em julho representa 6,15% acima das operações realizadas em junho. Sobre julho do ano passado, a expansão foi de 11,37%. Como principal fornecedor de roupas e outros artigos têxteis, a China vendeu ao Brasil US$ 229,33 milhões em julho, dos quais US$ 63 milhões em itens de vestuário, praticamente repetindo o volume comercializado em junho.
Para efeito de comparação, o segundo maior fornecedor do Brasil continua sendo a Índia que vendeu, em julho, US$ 46,28 milhões entre produtos têxteis e vestuário. O terceiro país que mais forneceu ao mercado brasileiro no mês foi a Indonésia com vendas de US$ 23 milhões e os Estados Unidos aparecem logo atrás com operações de US$ 21,8 milhões. Em roupas, depois da China, estão bem atrás, Bangladesh (US$ 14,2 milhões) e Vietnã (US$ 5,9 milhões).
As exportações setoriais ao contrário decaíram, mesmo com o dólar apreciado em relação ao real, movimentando US$ 83,4 milhões, queda de quase 18% sobre junho e de 29% na comparação com julho de 2017. A Argentina é o principal destino dos produtos têxteis brasileiros em geral, respondendo por US$ 16,76 milhões em julho, menos do que comprou em junho. O Paraguai foi o segundo maior comprador, assumindo US$ 10,8 milhões em julho, na frente de Indonésia (US$ 7,3 milhões) e da Holanda (US$ 5,7 milhões).
As vendas de roupas minguaram ainda mais, caindo pelo quarto mês consecutivo. Em julho, o recuo foi de 14,5% em relação a junho, fechando o mês com embarques estimados em US$ 8 milhões. Sobre julho de 2017, a redução foi de 13%, mostram os dados da balança comercial brasileira. Novamente Paraguai e Uruguai foram os dois principais compradores das roupas brasileiras, sustentando US$ 2,88 milhões e US$ 1,18 milhão, respectivamente, em julho. Os Estados Unidos entram em quarto lugar na lista dos maiores compradores de vestuário adquirindo US$ 824 mil entre meias, maiôs e biquínis brasileiros.