Volume engloba de fios e tecidos a tapetes, mas, foram os itens de vestuário que mais agravaram o resultado negativo da balança comercial do setor.
As importações da área têxtil e de vestuário no Brasil cresceram 2,8%, em 2013, em relação ao ano anterior. Dessa forma, o volume consolidado do ano atinge US$ 6,79 bilhões (preço FOB, sem impostos) e inclui compras nas áreas de fios, fibras e filamentos; tecidos (sintéticos, de algodão, malha, lã e seda); não-tecidos; tapetes, revestimentos têxteis de decoração e tapeçaria; outros têxteis confeccionados; e vestuário. Ao contrário, as exportações totais desses produtos caíram 30% sobre 2012, registrando vendas de US$ 2,36 bilhões (preço FOB), que resultaram em saldo negativo na balança setorial de US$ 4,43 bilhões.
Os itens de vestuário foram os que mais pressionaram com aumento de 9,12%, sendo que as compras de produtos de malha tiveram o maior crescimento da categoria (13,02%), de acordo com o monitoramento realizado regularmente pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento. Os desembarques do segmento somam US$ 2,37 bilhões, representando 35% de tudo o que o Brasil importou no ano passado. A exportação desse segmento foi bem pequena, de US$ 149,76 milhões, e mesmo assim, registrou queda de 2,69% sobre 2012. Portanto, o déficit comercial foi de US$ 2,22 bilhões, que representa metade do saldo negativo da balança geral do setor.
Filamentos sintéticos ou artificiais e de fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas, também formam outro importante bloco de pressão sobre a balança comercial brasileira nessa área. As importações desses produtos corresponderam a US$ 2,45 bilhões, em 2013. Mas, enquanto as compras de filamentos importados subiram 4,06%, a de fibras caiu 1,83%. Das 14 categorias de produtos monitoradas pela Secex, metade reduziu o volume importado e a outra metade, expandiu.
Em exportação, oito reduziram as vendas. Em compensação, aumentaram as exportações fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas (quase 30%); lã, pelos, fios e tecidos de crina (quase 20%); e seda (em torno de 16%). Tomada isoladamente a categoria que reúne vestuário e seus acessórios, exceto de malha, exportou mais 5,11%, em 2013.
O aumento do consumo registrado na área têxtil e de vestuário foi sustentado basicamente pelas importações, uma vez que o nível da produção industrial têxtil e de confecção caiu em torno de 2% em 2013, como revela pesquisa realizada mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo os indicadores do instituto, o varejo de vestuário e têxtil concluiu o ano apresentando alta de 3,5%, em volume de vendas.