Setor repete o comportamento de 2019, apresentando queda depois da alta de maio, e encerra o semestre com negócios em retração.
Como ocorreu no ano passado, a importação têxtil caiu em junho depois da alta de maio. Com compras avaliadas em US$264,64 milhões, a queda de junho foi de23% em relação ao mês anterior. Sobre junho de 2019, a redução foi maior. Recuou 35%, de acordo com o levantamento realizado pelo GBLjeans com base no sistema de controle do comércio exterior do governo federal. A maior parte dos importados veio da China, que forneceu US$165 milhões em junho, que representa desaceleração sobre maio.
Também a exportação têxtil continuou a cair em junho. É o quinto mês seguido de variação negativa. O Brasil exportou US$144 milhões em junho, dos quais US$ 84 milhões correspondem aos embarques de algodão. O montante total representa queda de 8% em relação a maio de 2020. A comparação com junho de 2019 revela redução de 20% nas vendas ao exterior.
Novamente, os países importadores de algodão brasileiro lideram os destinos das exportações de junho: China (US$20 milhões); Turquia (US$17 milhões); e Paquistão (US$14 milhões).
RESULTADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE
No primeiro semestre de 2020, a importação têxtil em geral acumulou recuo de 18% sobre o mesmo período de 2019. De janeiro a junho, o Brasil comprou US$2,28 bilhões. Da China absorveu US$1,37 bilhão em mercadorias. Bem distante, figura a Índia que forneceu US$145 milhões no semestre. E em terceiro lugar, o Paraguai que vendeu ao Brasil US$79 milhões.
Já o acumulado do ano para a exportação têxtil assinala alta de 27% sobre 2019, somando US$1,71 bilhão. Do total de 2020, até junho, US$1,03 bilhão correspondem às vendas de algodão.
O DESEMPENHO DE ROUPAS
Pelo terceiro mês seguido, o Brasil reduziu a importação de roupas. Em junho, o país adquiriu US$51 milhões, 18% menos do que o volume negociado em maio. Mas representa metade do que comprou no mesmo mês do ano passado. A China forneceu US$28 milhões em roupas, e do Paraguai, o segundo maior fornecedor, vieram cerca de US$5 milhões.
Como em maio, a exportação brasileira de roupas mostrou reação em junho. Foram embarcados no mês perto de US$7 milhões, aumento de 35% sobre o mês anterior. Contudo, a comparação com maio de 2019 permanece desfavorável, com redução de 27%. O principal destino das roupas brasileiras foram os Estados Unidos, com US$1,30 milhão. Depois o Paraguai (US$1,24 milhão) e o Uruguai (US$1,08 milhão).
PRIMEIRO SEMESTRE EM VESTUÁRIO
A comparação dos primeiros seis meses de 2020 com o ano passado expressa queda na importação de roupas. Recuou 27%, anotando compras avaliadas em US$651 milhões. Da China, o Brasil importou US$400 milhões.
No mesmo confronto, a exportação de roupas revela baixa de 28%, ao registrar próximo de US$50 milhões em vendas. Nesse período, o Paraguai continua como principal parceiro comercial do Brasil, tendo comprado em torno de US$10 milhões, praticamente metade do volume adquirido no primeiro semestre de 2019.