Já a exportação têxtil subiu cerca de 30%; e mais: confira a balança comercial do setor na década, com dados de 2010 a 2019.
Com os dados de dezembro, o Brasil fechou um trimestre com superávit na balança comercial têxtil. O saldo positivo alcançou US$ 300 milhões nos três últimos meses do ano. É a primeira vez nadécada que o país completa um trimestre exportando mais do que importando. Simplesmente porque a combinação de dólar alto e consumo fraco afetou o apetite pelas importações. Ao mesmo tempo que o algodão brasileiro ganhou ainda mais participação nos embarques para o exterior.
Em dezembro, a importação têxtil e de roupas movimentou US$ 370 milhões, queda de 7,17% sobre novembro. A exportação têxtil e de roupas registrou US$ 522 milhões, aumento de 4% em relação ao embarcado no mês anterior.
No acumulado de 2019, a importação têxtil e de roupas somou US$ 5,4 bilhões. Caiu 4,26% na comparação com 2018. A exportação têxtil e de roupas avançou para US$ 3,5 bilhões, crescimento de 33% sobre 2018, conforme mostram os dados levantados pelo GBLjeans a partir do sistema de controle do comércio exterior do governo federal. É o maior valor exportado pelo país nessa área em toda a década.
Antes disso, o maior valor fora registrado em 2012, quando a exportação têxtil e de roupas atingiu US$ 3,3 bilhões (veja o gráfico com os dados da década).
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, tanto em importação quanto na exportação de itens têxteis. Em 2019, os chineses venderam ao país US$ 2,9 bilhões, pouco mais da metade do que o Brasil importou no ano todo nesse setor. Desse total, a China forneceu US$ 915 milhões em roupas. E comprou US$ 855 milhões, sendo US$ 816 milhões de algodão.
DESEMPENHO EM ROUPAS
Em roupas, o país continua longe de ter superávit, mesmo com as importações novamente em baixa. O país registrou US$ 119 milhões em compra de vestuário em dezembro, queda de 3,8% sobre novembro.
Também no desempenho anual, a importação brasileira de roupas mostra declínio. Diminuiu 7,6%, comparado à balança comercial de 2018. O acumulado de janeiro a dezembro de 2019 soma US$ 1,6 bilhão.
Já a exportação de roupas brasileiras subiu 8,6% em 2019. Alcançou US$ 150 milhões (confira no gráfico o melhor ano para as roupas nacionais na década). O Paraguai é o maior comprador das roupas nacionais, respondendo no ano por US$ 38 milhões do total. O Uruguai continua em segundo lugar com compras anuais de US$ 29milhões. E os Estados Unidos mantêm o terceiro lugar com US$ 20 milhões.
Apenas em dezembro, o Brasil importou US$ 119 milhões em roupas, queda de 3,8%. Do total, US$ 65 milhões vieram da China. E o país exportou US$ 15 milhões em dezembro, declínio de 7,6% sobre novembro.