Entre janeiro e maio, o setor têxtil importou US$ 817,9 milhões e exportou US$ 834,8 milhões
O setor têxtil brasileiro viu o superávit da balança comercial da área encolher drasticamente nos primeiros cinco meses do ano. No período, as exportações somaram US$ 834,8 milhões, enquanto as importações foram de US$ 817,9 milhões. O superávit foi de US$ 16,9 milhões, relata a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). Entre janeiro e maio de 2005, o saldo era favorável em US$ 190,9 milhões. Em relação ao ano anterior, as exportações cresceram minguados 3,75%, enquanto as importações subiram 33,27%.
Segundo Fernando Pimentel, diretor superintendente da Abit, se o quadro não mudar, a balança comercial do setor poderá enfrentar seu primeiro déficit desde 2000, quando o saldo negativo foi de US$ 384 milhões. Ele alerta também que as exportações de baixo valor agregado, como fibras de algodão, estão crescendo ao passo que as importações são justamente de peças com alto valor agregado. Ele reputa como principal causa desse compasso ao avanço chinês e a falta de atenção do governo em relação ao setor têxtil. Na avaliação dele, a política monetária, fiscal e tributária do Brasil nem de longe consegue confrontar as condições de câmbio, juros e carga tributária da China, o maior produtor mundial.