Varejo e atacado seguem o mesmo padrão dos últimos dois anos, com corte de pessoal no primeiro bimestre.
Com uma interrupção em janeiro e março, meses nos quais o saldo foi positivo, desde fevereiro de 2015 a indústria têxtil e de vestuário tem reduzido o contingente de trabalhadores com carteira assinada. Em fevereiro, foram 1.595 demissões, que somadas aos desligamentos de janeiro elevam o corte para 3.752, mais que o dobro do registrado nos quatro primeiros meses de 2015, mostra o resultado da pesquisa do ministério do Trabalho, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Entre os 27 estados, houve demissão da indústria em 21 deles, dois ficaram estáveis e quatro contrataram. Novamente, São Paulo foi o estado que mais aprofundou o corte. Em fevereiro, foram 1.239 demitidos, praticamente o dobro dos postos eliminados em janeiro. O Paraná fechou 452 vagas em fevereiro, depois de ter aberto 43 em janeiro; e Goiás encerrou contrato com 439 trabalhadores. Mais uma vez Santa Catarina destoa do quadro geral com a abertura de 2.234 vagas em fevereiro. Também o Rio Grande do Sul ampliou o quadro de pessoal com a contratação de mais 185 funcionários; e o Pará abriu 69 postos.
Na área de comércio, tanto de varejo quanto de atacado, os cortes são comuns nessa época para ajustar o quadro de empregados depois das contratações de temporários no final de ano. O varejo demitiu 13.145 empregados, com redução em todos os estados. Os três que mais cortaram foram: São Paulo (-3.759); Rio de Janeiro (-2.122) e Minas Gerais (-1.477).
O atacado teve comportamento um pouco diferente, apesar do corte geral de 219 postos de trabalho. Demitiu menos que em fevereiro do ano passado. Do total de estados, 16 demitiram; seis ficaram inalterados; e cinco contrataram. Rio de Janeiro cortou 78 vagas, seguido por São Paulo (-42) e Goiás (-35). Rio Grande do Sul e Minas Gerais foram os que mais admitiram, abrindo 21 vagas cada um, mostra a pesquisa.