Praticamente todos os setores enxugaram o quadro de pessoal em novembro, incluindo as confecções de vestuário e a indústria de produtos têxteis.
O processo de enxugamento de pessoal na indústria paulista não parou em novembro. Todos os setores demitiram, com exceção de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que abriu meras 37 vagas. O corte geral atingiu 19 mil postos de trabalho. E novamente, as confecções de vestuário e a indústria de produtos têxteis estão entre os quatro ramos de atividade que mais reduziram o número de vagas.
De acordo com a pesquisa mensal realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), as confecções fecharam 1.388 vagas. Na indústria têxtil, a redução atingiu 1.207 postos. Os dois setores ficaram atrás de produtos alimentícios (-1.995) e produtos de metal (-3.888).
Como dezembro, tradicionalmente, é um mês de cortes mais acentuados, para redução de eventual contingente de temporários, a expectativa da federação é de um volume recorde de demissões realizado ao longo de 2015. “O ano deve ser o pior para o nível de emprego da indústria paulista desde o início da série, em 2006”, lamenta Paulo Francini, diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), responsável pelo levantamento.