Varejo busca integrar loja física e online

Pesquisa mundial realizada pela DHL com 5 mil empresas aponta que a chamada estratégia omnichannel ainda está em fase inicial.

A maioria dos varejistas ainda não amadureceu a estratégia omnichannel segundo pesquisa mundial realizada pela DHL com 5 mil empresas, que apontou que 62% delas acreditam que suas políticas de oferta de produtos em lojas físicas e internet, de maneira integrada, ainda estão em fase muito inicial ou são inconsistentes.

Entre as empresas do setor que já implementaram essas estratégias, apenas 2% acreditam que alcançaram alto desempenho com múltiplos canais. Outros 26% dos entrevistados consideram que implantaram o omnichannel com competência e 10%, de forma eficiente. A principal razão para atrasar essa estratégia é o alto investimento exigido na reorganização dos negócios envolvidos na adaptação, além de ser difícil quantificar os benefícios trazidos por essa nova abordagem, segundo a pesquisa.

A parte mais visível do sistema omnichannel é a interação das marcas com o consumidor. O estudo defende que a melhor gestão dessa política deve ir além da coordenação dos diferentes canais de distribuição e comunicação. A integração do canal de venda físico e online deve estar em sintonia com as expectativas do consumidor e integrar toda a cadeia de suprimentos de forma flexível para que seja rentável. Entre as melhores práticas apontadas pela pesquisa está a experiência personalizada de compra com a interação online e offline, com a adição de dispositivos inteligentes na loja física, e um serviço de chat online na loja virtual, com capacidade de personalizar itens.

Para controlar os custos e ser rentável, a pesquisa assinala que é necessário ter visibilidade do inventário e espaço de armazenagem reduzido, porém flexível o bastante para atender pedidos de forma mais ágil em prazos mínimos, ganhando velocidade de entrega com a criação de micro lojas dedicadas a função.

Os varejistas brasileiros também dão os primeiros passos na estratégia omnichannel. Com foco no fast fashion e no cliente ligado em moda, a Renner oferece a opção de compra online e troca na loja física e vice-versa. A Hering ainda não permite trocas nas lojas físicas, mas estuda evoluir para um canal único em breve.