Mas, os cortes de vagas e valor da folha de têxtil e vestuário foram menores que a redução média imposta pelo setor, aprofundando o cenário recessivo de 2014.
Ao longo de 2015, todas as atividades analisadas para compor os indicadores de emprego e salário no Brasil determinaram corte em pessoal ocupado, número de horas pagas e valor da folha de pagamento. Segundo a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a indústria em geral cortou 6,20% da força de trabalho em relação ao quadro de 2014, que já sofrera redução; diminuiu em 6,70% o número de horas pagas; e baixou 7,9% o valor da folha de pagamento.
Diferentemente do que ocorreu em 2014, no ano passado, o enxugamento imposto pela indústria do vestuário e têxtil foi menor que a média geral. Apenas as confecções de roupas cortaram mais vagas que a média. As demissões na atividade alcançaram 6,4% do quadro em 2015. O segmento de vestuário diminuiu ainda em 6,1% o número de horas pagas. Mas, os cortes refletiram em queda de 3,7% no valor da folha de pagamento do setor.
A indústria têxtil fechou, em 2015, 5,7% dos postos de trabalho que tinha em 2014. Baixou também o número de horas pagas em 5,3%. Essas contenções resultaram em redução de 7,6% sobre o valor da folha de pagamento.
Há pelo menos dois anos, o setor vem diminuindo o nível de emprego e de salários, de acordo com dados do IBGE. Contudo, foi em 2015 que as empresas dos setores de vestuário e têxtil impuseram os cortes mais drásticos, quando comparados com o ano anterior. Em 2015, as confecções aprofundaram a redução a partir de abril, enquanto a atividade têxtil conteve mais fortemente o quadro a partir de julho.