É a primeira grande onda de contratações desde janeiro, mas o acumulado do ano continua negativo entre indústria e comércio.

Pelo segundo mês seguido, a indústria têxtil contrata mais do que demite. Abriu em julho
3.975 vagas com carteira assinada. É a primeira grande onda de contratações desde janeiro, quando as empresas do setor criaram 3.390 empregos formais. Fevereiro também foi positivo, quando a indústria têxtil contrata, abrindo vagas. No entanto, a pandemia causou danos no mercado de trabalho entre março, abril e maio. Tímida, a reação de junho foi amplificada em julho.Como em junho, de novo, o comércio atacadista de tecidos e roupas seguiu o comportamento da indústria têxtil e criou vagas. Poucas, na verdade. O levantamento feito pelo GBLjeans a partir dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostra saldo de 45 vagas a mais que em junho. A reação foi sustentada pelos atacados de tecido, com a geração de 327 empregos, uma vez que os atacadistas de roupas fecharam 282 vagas em julho.
Já a indústria de vestuário reduziu a velocidade dos cortes. Mesmo assim, em julho completou cinco meses de enxugamento. Entre contratações e demissões, as confecções encerraram em julho com 2.844 vagas a menos. Não foi diferente com o varejo de roupas. Em todo o país, o segmento fechou 5.449 postos de trabalho formais.
ACUMULADO DO ANO
Entre comércio e indústria de vestuário e artigos têxteis, o Brasil registra 188.967 postos de trabalho a menos do que mantinha entre janeiro e julho de 2019. Os cortes na indústria têxtil totalizam 9.570 menos empregos na comparação com os mesmos sete meses do ano passado. A indústria do vestuário encerrou até julho 61.526 vagas.
Grande empregador, o varejo de roupas eliminou 112.794 postos de janeiro a julho. O atacado de roupas e tecidos fechou 5.077 vagas, de acordo com dados do Caged.
NÍVEL DO EMPREGO NO BRASIL
Em julho, as empresas brasileiras criaram 131.010 vagas de emprego formal, segundo o Caged.