Maior queda foi nas confecções, que recuam pelo segundo mês seguido, enquanto têxteis registram primeira desaceleração no ano.

Os preços de têxteis e roupas caíram em junho. Depois do forte aumento aplicado em maio, a indústria têxtil registrou a primeira desaceleração no ano. A inflação desse segmento que vinha em alta desde outubro de 2019, recuou em junho, ainda que discretamente. O IPP (Índice de Preços ao Produtor) da categoria caiu
0,17%, conforme divulgou hoje, 31 de julho, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa aponta que as confecções de vestuário seguraram o repasse de custos pelo segundo mês consecutivo. Em junho, o corte foi severo, refletindo o consumo contido. Os preços industriais de roupas caíram 1,06% em relação a maio.A queda nos preços têxteis não foi maior porque malhas ficaram mais caras. No segmento de roupas, a maior parte dos itens teve redução nos preços de fábrica. Apenas bermudas masculinas encareceram, influenciando o indicador, registra a pesquisa do IBGE.
De acordo com o estudo, metade das 24 categorias monitoradas pela pesquisa apresentou variação negativa. Até alimentos que acumulam alta de 17,38% no ano, e têm forte peso na formação do indicador, registraram declínio de 0,79% no mês. Assim, em relação a maio, o IPP geral mostra que a inflação desacelerou para 0,61% em junho, depois de subir 1,16% em maio (a mais alta de 2020).
ACUMULADO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2020
Nos primeiros seis meses do ano, o IPP geral acumula alta de 3,94% em relação a igual período do ano passado. Na indústria têxtil, a queda de junho afetou pouco o desempenho do setor no primeiro semestre. O acumulado da categoria soma aumento de preços de 7,86% sobre o primeiro semestre de 2019.
No segmento de vestuário, o semestre foi afetado por três meses de queda, a despeito das fortes altas de janeiro (1,57%) e de março (1,98%). Ainda assim, a categoria mantém o acumulado positivo. Registra alta de 0,79% no primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado.