Índice geral sobe 0,26% em julho, mas preços da moda recuam, com 1ª baixa de roupas masculinas em 1 ano.

Com os preços de roupas puxando o movimento, o setor de moda registrou queda de inflação em julho na comparação com o mês anterior. Medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação brasileira como um todo subiu 0,26% em julho. Moda foi, no entanto, na contramão, registrando recuo de 0,54%, influenciado pela retração de 0,81% na categoria de roupas.
O detalhamento dos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)r evela que a categoria de roupas masculinas teve sua primeira queda em um ano, com preços caindo 0,87% em julho em relação a junho. Também roupas femininas acompanharam de perto a desaceleração dos preços, registrando a maior retração no mês entre os itens que compõem a cesta do setor. Anotou baixa de 0,98%. A queda nas roupas infantis foi de 0,28%.
Conforme a pesquisa do IBGE para medir o IPCA, a queda nos preços se estendeu para calçados e bolsas, que tiveram recuo de 0,24% em julho.
Em contrapartida, os segmentos de joias e bijuterias registraram inflação de 1,05% no mês, ainda por conta da valorização do ouro, enquanto tecidos e armarinhos ficaram 0,65% mais caros que em junho.
INFLAÇÃO ACUMULADA
No acumulado do ano, de janeiro a julho, a inflação da moda avança 2,10% na comparação com os mesmos 7 meses de 2024. Mas, segue abaixo da inflação geral, que acumula alta de 3,26%.
A análise dos últimos 12 meses até julho reforça a tendência ainda inflacionária. O IPCA geral está em 5,23%, enquanto a inflação anualizada do setor de moda fica em 4,12% no período.
De acordo com o IBGE, até julho a inflação de roupas assinala expansão de 3,52%. Foi puxada pela alta das roupas masculinas, que subiram 4,61% em 12 meses até julho.
O contraste mais evidente está no segmento de joias e bijuterias, que apresenta inflação acumulada de 13,10% no ano e de 21,75% nos últimos 12 meses.
Confira os detalhes nos gráficos abaixo, que mostram variação mensal da inflação de todos os segmentos de moda, além do acumulado do ano e de 12 meses. Também não falta o comportamento dos preços de moda e roupas nas capitais.