Como antes da pandemia de covid-19, as liquidações de janeiro derrubaram os preços de roupas.
Se em 2022 a inflação de moda iniciou o ano acelerada, em janeiro de 2023 o comportamento dos preços de roupas voltou ao normal, e abre o ano em queda em relação a dezembro, basicamente por conta das liquidações de verão. O mesmo não ocorreu com outros artigos dessa cesta. Calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e armarinhos permaneceram em alta inflacionária.
Conforme a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que calcula o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), devido à baixa nos preços de roupas, especialmente as femininas, a inflação de moda caiu 0,27% na comparação com dezembro.
Apenas a inflação de roupas registrou recuo de 0,69% em janeiro, puxada para baixo pelas roupas femininas (-1,37%). Roupas masculina caíram 0,11% e as infantis reduziram 0,21%.
Em movimento contrário, o preço de calçados, bolsas e outros acessórios continou a subir, anotando aumento de 0,73% em janeiro sobre dezembro.
As joias e bijuterias ficaram 0,29% mais caras, assim como tecidos e artigos de armarinhos subiram 0,16% de um mês para o outro.
Entre os grupos de produtos e serviços monitorados pelo IBGE, a inflação de moda é a única que abre o ano em queda.
De modo geral, a inflação oficial brasileira fechou janeiro em alta de 0,53%, puxada sobretudo pelo aumento dos preços de alimentos.
COMPORTAMENTO EM 12 MESES
Mesmo com a queda de janeiro, a inflação de moda nos últimos 12 meses permanece acima dos 15%. O segmento acumula alta de 16,45% em moda em 12 meses até janeiro.
Nessa comparação, roupas sobem ainda mais, 17,62%; calçados e acessórios têm variação de 16,55%; joias e bijuterias de 2,76%; tecidos e armarinhos de 8,12%.
INFLAÇÃO NAS CAPITAIS
Entre as 16 capitais que são destaque na pesquisa do IBGE, apenas um grupo de quatro cidades abre o ano com alta em moda, com as demais 12 mostrando preços em queda.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos mostram a inflação de janeiro de 2022 para todos os segmentos de moda, comparados à inflação oficial brasileira.
A sequência inclui gráfico com a variação de moda e roupas em 16 capitais. E a inflação de moda acumulada em 12 meses até janeiro de 2023.