Inflação de moda diminui 0,22% em julho

Inflação de moda diminui 0,22% em julho de 2024

Promoções do varejo moderam os repasses para roupas, enquanto os demais artigos ficam mais caros.

Inflação de moda diminui 0,22% em julho de 2024

A inflação de moda diminui 0,22% em julho na comparação com junho, quandos os preços ficaram estáveis. Na cesta de Vestuário, porém, roupas foram os únicos itens cujos preços caíram. Todos os demais itens ficaram mais caros em julho. Para efeito de pesquisa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) monitora também a dinâmica dos preços de calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e artigos de armarinho.

Chamada de Vestuário, a cesta de moda compõe os nove grupos avaliados mensalmente pelo IBGE para calcular o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), determinando a inflação brasileira oficial.

Já em junho a inflação de roupas dava sinais de desaceleração. Em julho, registra queda de 0,21%. Promoções do varejo explicam em parte esse recuo de preços. Também pode refletir a estratégia dos grandes varejistas de moda brasileiro em operar com mais itens de preço menor do que vinham trabalhando.

Roupas femininas enfrentaram a maior redução, com baixa de 0,43% em julho sobre junho.

Ainda liderando os aumentos acumulados, roupas masculinas seguiram a contenção, com variação negativa de 0,09%.

Depois de três meses em deflação, o preço das roupas infantis registrou discreta variação positiva de 0,04% em julho.

Calçados e acessórios sobem de 0,18% em julho, anulando a queda de junho. Também tecidos e armarinhos registram alta, com avanço de 0,49%

Joias e bijuterias continuam em alta acompanhando a valorização do ouro, com preços 1,60% maiores em julho sobre junho.

ACUMULADO NO SEMESTRE

No acumulado de 7 meses até julho, a inflação de moda diminui na comparação com a inflação brasileira que acumula alta no ano de 2,87% em relação ao mesmo período de 2023. De janeiro a julho, moda acumula inflação de 0,78%, bem abaixo do índice oficial.

A inflação de roupas nesses primeiros 7 meses acumula alta de 0,20% quando comparada a igual período de 2023.

Da cesta de moda, apenas roupas infantis permanecem em deflação, com baixa acumulada de 0,98%.

Roupas masculinas acumulam alta de 0,78% em sete meses de 2024.

As roupas femininas registram alta acumulada no ano de 0,28%.

Calçados e acessórios ficam mais caros 1,57% de janeiro a julho.

Depois da deflação acumulada no 1º semestre, tecidos e armarinhos voltam a apresentar inflação, de 0,11%.

Joias e bijuterias configuram a exceção da cesta de moda ao acumular inflação de 5,16% no ano, quase duas vezes maior que a inflação brasileira.

Com análise dos últimos 12 meses até julho, o cenário aponta para curva inflacionária de todos os itens de moda. Com exceção de tecidos e itens de armarinho que continuam caindo, acumulando deflação de 0,26%.

Das 16 capitais que são destaque da pesquisa do IBGE, apenas em 4 a inflação de moda recua nos primeiros 7 meses de 2024. As demais 12 apresentam alta de preços, e muitas, acima da inflação brasileira para o período.

NAVEGUE PELOS GRÁFICOS

Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos mostram o comportamento dos preços de moda, comparados à inflação oficial brasileira, de janeiro a julho.

Em seguida, dá para acompanhar a variação acumulada no ano, incluindo o comportamento dos preços em 16 capitais, além de mostrar o acumulado dos últimos 12 meses.