É o item que mais pressionou a cesta de moda que inclui calçados, joias e tecidos.
Ainda como reflexo da mudança de coleções no varejo, a inflação de roupas continua a acelerar e aumenta 0,45% em setembro, a mesma forte variação registrada em agosto. No mês, roupas infantis apresentam a maior alta, com aumento de 0,65%, seguido por 0,52% em roupas masculinas e de 0,31% em roupas femininas, mostra a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mede a inflação oficial brasileira.
Com roupas pressionando o indicador, a inflação do grupo de moda, também formado por calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e itens de armarinhos, aumenta 0,38% em setembro sobre agosto.
Depois do forte aumento de preços no mês anterior, a inflação de calçados e acessórios mantém variação positiva, mas desacelera para 0,22%.
Os preços de joias e bijuterias voltam a subir, com alta de 0,34% em setembro.
Apenas tecidos e armarinhos registram recuo de inflação em setembro, com queda de 0,69%.
Medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação brasileira registra alta de 0,26% em setembro.
INFLAÇÃO ACUMULADA
No ano, a inflação de moda volta a ganhar força, acumulando alta de 2,09%. A inflação de roupas aumenta 1,28% de janeiro a setembro quando comparada a igual período de 2022.
Foi puxada pela alta de roupas masculinas, que acumulam aumento de 2,87% em 9 meses, conforme mostra o levantamento do GBLjeans, junto à base de dados do IBGE. Roupas femininas mostram tendência de estabilidade de preços, com variação positiva de 0,08% de janeiro a setembro. Já as roupas infantis têm alta acumulada de 1,01%.
Os preços de calçados e acessórios continuam a pressionar o indicador de moda, acumulando alta no ano de 4,45%. Do grupo, são os únicos produtos a permanecer acima da inflação oficial brasileira acumulada no período, calculada pelo IBGE em 3,50%.
Joias e bijuterias acumulam alta de 1,63% de janeiro a setembro, enquanto tecidos e armarinhos sobem 0,34% no período.
Se em 9 meses a inflação de moda acelerou, o acumulado dos últimos 12 meses até setembro mostra que os repasses perderam um pouco da força que vinham exibindo. Anualizada, a inflação de moda acumula alta de 6,07% (ante 7,54% em agosto). A inflação oficial para o período é de 5,19%.
A inflação de roupas fica abaixo do índice de moda, registrando 5,76% de alta acumulada nos últimos 12 meses até setembro.
Roupas masculinas acumulam aumento de 7,16% em 12 meses, roupas femininas registram inflação de 4,91 e roupas infantis, de 5,04%.
Também a inflação dos últimos 12 meses de calçados e acessórios ficou abaixo de dois dígitos, com alta acumulada de 7,74%.
Já joias e bijuterias, tecidos e armarinhos são itens que permanecem abaixo da inflação brasileira de 12 meses: 2,44% e 1,79%, respectivamente.
GRÁFICOS MOSTRAM MAIS DADOS
Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos interativos permitem isolar variáveis e fazer comparações de interesse do leitor.
Os gráficos contém a inflação mensal de todos os itens de moda, além da inflação oficial brasileira.
Também mostram o desempenho acumulado da inflação no semestre de roupas, de moda e da inflação oficial, assim como nos últimos 12 meses.
Em roupas, o GBLjeans registra a variação dos preços em vestuário masculino, feminino e infantil.
Na abordagem por capitais, os gráficos do GBLjeans exibem o comportamento dos preços de moda e roupas no acumulado do ano em 16 cidades.
Navegue pelos gráficos abaixo.
