O acumulado do ano ficou acima do índice oficial que bateu 10,06% em 2021.

A inflação oficial brasileira chegou a 10,06% em 2021, o maior índice desde 2015, afirmou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ao fechar em
10,34%, a inflação de roupas bateu o patamar oficial, sendo a mais alta da década. Conforme o IBGE, o aumento dos preços no segundo semestre, especialmente nos meses de outubro (1,80%) e dezembro (2,06%) foi decisivo para esse resultado.O grupo Vestuário, que o GBLjeans denomina Moda por incluir calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e armarinhos, além de roupas, registrou inflação próxima. Chegou a 10,31% em 2021, a quarta maior variação entre os grupos de produtos e serviços monitorados pela pesquisa que calcula o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
No caso de moda, a pressão maior foi provocada por joias e bijuterias (12,76%) e as roupas masculinas (12,60%).
“Este tinha sido o único grupo com queda em 2020. Em 2021, apresentou uma recuperação de preços, relacionada à retomada da circulação de pessoas, mas também ao aumento dos custos de produção, devido a alta dos preços do algodão e do couro. Além disso, tem o componente sazonal do final de ano”, declarou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa, em comunicado do IBGE.
A inflação oficial brasileira de 10,06% em 2021 extrapolou a meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021, cujo teto era de 5,25%.
INFLAÇÃO DE DEZEMBRO
Na variação mensal, o grupo de produtos de Moda anotou a maior variação de dezembro alcançando alta de 2,06% em relação a novembro. O resultado teve influência sobretudo do aumento de preços de roupas masculinas (2,53%) e roupas femininas (2%)
Os demais itens do grupo também tiveram alta. Roupas infantis subiram 2,11% de um mês para o outro. Calçados e acessórios aumentaram 1,92%. Os preços de Joias e bijuterias avançaram 1,09%. Tecidos e armarinhos ficaram 1,02% mais caros em dezembro.
A inflação oficial brasileira em dezembro foi de 0,73%.
O QUE OLHAR NOS GRÁFICOS
Os gráficos produzidos pelo GBLjeans mostram:
:: a variação mensal da inflação de roupas, moda e geral. Com indicadores juntos e separados para ter a melhor visualização.
:: variação acumulada total em roupas, moda e geral em 2021.
:: variação acumulada em roupas e moda em 2021 nas 16 capitais que são destaque da pesquisa para cálculo do IPCA. Fortaleza e São Paulo são as mais caras para moda e roupas.
:: variação acumulada em roupas masculinas, femininas e infantis em 2021 nas 16 capitais que são destaque da pesquisa para cálculo do IPCA. Observe que Goiânia é a única cidade a registrar deflação em roupas: femininas (-1,91%).
:: variação acumulada de roupas, moda e geral em dez anos, mostrando os índices desde 2011.