Em novembro, os preços de moda continuaram a aumentar, ainda que em ritmo mais lento, mantendo o acumulado do ano em alta.
Ao contrário da inflação oficial, que disparou em novembro com alta de 0,51%, os reajustes nos preços de itens de moda perderam a força. O aumento sobre outubro foi de 0,35%, mostra o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a quarta alta seguida no segmento de moda. Todos os itens encareceram. Apenas as roupas femininas apresentaram deflação de 0,33% no mês, conforme os dados da pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 6 de dezembro.
As roupas masculinas subiram 1,06%, enquanto as infantis variaram 0,32% sobre os preços de outubro. É a mesma taxa de aumento registrada por tecidos. O avanço de calçados mantém-se mais contido, com reajustes de 0,19% em novembro. Vestuário exerce a maior pressão para a inflação de moda. Contudo, joias e bijuterias não param de subir desde julho. Em novembro, ficaram 1,47% mais caras.
Em outubro, moda foi a atividade que mais encareceu, influenciando os resultados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), em função da entrada mais forte das coleções de verão no varejo. Já em novembro, a disparada no preço da carne levou a inflação oficial brasileira a acelerar para 0,51%.
Entre as 16 capitais acompanhadas pela pesquisa, o desempenho dos preços de moda não foi uniforme, com metade apresentando deflação. Entre os que encareceram, São Paulo foi a cidade com a maior alta pelo segundo mês consecutivo. Os preços que já tinham subido 0,90% em outubro, em novembro avançaram 1,09%. Em movimento deflacionário, Campo Grande experimentou o maior recuo, com menos 1,16%, na passagem de um mês para o outro.
ACUMULADO DO ANO
Com a forte alta de outubro, moda interrompeu o movimento deflacionário experimentado pela atividade desde janeiro. O acumulado do ano até novembro mantém a variação positiva. Avançou 0,74% na comparação com o totalizado entre janeiro e novembro do ano passado. Mas é bem menos que a inflação geral acumulada no ano, de 3,12%, sobre 2018.
Nem todos os artigos da cesta de moda acompanharam essa variação para cima. A taxa foi contida por roupas femininas, que acumularam queda de 1,09%. E por calçados e acessórios, cujos preços tenderam à estabilidade, com ligeiro recuo de 0,05% na comparação com 11 meses de 2018, mostra a pesquisa.
As roupas masculinas puxaram a inflação de moda, acumulando aumento de 2,04% e roupas infantis de 1,62%. Tecidos totalizaram alta de 1,84% no mesmo período de comparação. Por conta dos expressivos aumentos do ouro, Joias e bijuterias acumularam aumento no ano de 6,18% em relação ao mesmo período do ano passado.