Depois da explosão de outubro, os reajustes de novembro foram refreados por preços de roupas masculinas e calçados em queda.

Contida pelos preços de roupas masculinas e calçados, a inflação mensal de moda fica estável em novembro. Registrou pequena variação positiva de
0,07% sobre outubro, quando os reajustes dispararam. É o contrário do comportamento da inflação brasileira que mantém forte escalada desde setembro. Em novembro, atingiu alta mensal de 0,89%, informa pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mede o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).Dessa forma, a inflação oficial brasileira acumulada no ano subiu para 3,13%, ultrapassando o centro da meta para 2020. Assim, a expectativa do mercado financeiro passou de 3,54% para 4,21%.
Conforme a pesquisa do IBGE, os preços de moda estão longe de acompanhar esse movimento. Com mais influência sobre a inflação do setor, em novembro, as roupas variaram 0,08%. O desempenho foi marcado pela queda de 0,33% nas roupas masculinas. Já as roupas femininas e infantis subiram 0,30%.
Os preços de calçados e acessórios caíram 0,19% no mês. Porém, os demais itens que compõem a cesta de moda aumentaram em ritmo forte. Joias puxam a escalada de aumentos que em novembro atingiu 0,96%. Tecidos e artigos de armarinho encareceram 1,44%, puxados pelo aumento de 1,61% nos tecidos.
ROUPAS NAS CAPITAIS NO MÊS
Diferentemente do que ocorreu em outubro quando todas as 16 cidades que são destaque da pesquisa do IBGE subiram os preços de roupas. Em novembro, a inflação mensal do segmento fica estável refreada por sete capitais com preços em baixa e nove em alta.
Salvador foi onde os preços de roupas mais recuaram (-2,58%). A maior alta foi observada em Fortaleza (1,60%), influenciada por roupas mais caras.
VARIAÇÃO ACUMULADA NO ANO
Os resultados de novembro não alteraram a curva do grupo de moda que continua a registrar deflação na comparação com os mesmos 11 meses de 2019. O recuo é de 1,70%.
O recorte feito pelo GBLjeans mostra que, em roupas, o declínio é ainda mais acentuado. Está 2,53% abaixo do acumulado de janeiro a novembro do ano passado.
As roupas femininas foram os artigos que mais contiveram os reajustes. Acumulam queda de 4,34%. A deflação das roupas masculinas no período atinge 1,23%. No mesmo confronto, o acumulado em roupas infantis registra recuo de 0,75%.
Calçados e acessórios enfrentam deflação acumulada de 2,67%. O aumento do ouro continua a repercutir nos preços de joias e bijuterias que entre janeiro e novembro acumulam alta de 14,75%. Tecidos e armarinhos ficaram 6,80% mais caros que em 2019, com aumento acumulado de tecidos de 7,09%.
COMPORTAMENTO DOS PREÇOS NO ACUMULADO EM 16 CAPITAIS
Olhando apenas para roupas, no acumulado do ano até novembro, quatro cidades mostram inflação. As demais 12 capitais permanecem em deflação.
Para ver detalhes navegue pelos gráficos abaixo. Clicando nas setas, confira a variação mensal e acumulada da inflação do país e dos preços dos itens de Moda.
O portal complementa a análise com um recorte só para Roupas, mostrando o desempenho por segmento e público.
Da mesma forma, os gráficos trazem ainda dados da variação mensal e acumulada de Moda e Roupas nas 16 capitais que são destaque da pesquisa do IBGE.