Ficou acima da inflação oficial de 1,62%, a maior para o mês em 28 anos.

Mantendo o comportamento atípico em 2022, de preços em alta no início do ano, a inflação de moda sobe para 1,82% em março. Ficou acima do índice de inflação oficial, de 1,62%, o maior para o mês em
28 anos e antes do Plano Real, desta a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que calcula o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).Dos nove grupos monitorados, oito tiveram aumento de preços. No caso de Moda, identificado na pesquisa do IBGE como Vestuário, todos os itens que compõem a cesta de produtos ficaram mais caros em março.
No mês, a inflação de roupas acelera para 1,79%, com destaque para as roupas femininas que encareceram 2,32% em relação a fevereiro, observa a análise do IBGE.
As roupas masculinas subiram 1,66% e as infantis, 0,88%, na passagem de um mês para o outro.
Os preços de Calçados e acessórios avançaram 2,05%, os de Joias e bijuterias, que haviam caído em fevereiro (-0,36%), voltaram a aumentar (1,18%); Tecidos e armarinhos anotaram alta de 0,81%.
ACUMULADO NO ANO
Com os reajustes de março, a inflação de moda sobe no primeiro trimestre de 2022 para acumular alta de 3,81%, subindo acima do índice oficial.
Entre janeiro e março, a inflação de roupas acelera ainda mais, anotando 3,94% no período.
A pressão maior continua nos preços das roupas masculinas que acumulam alta de 4,51%. Mas os aumentos de março elevaram fortemente os preços das roupas femininas que acumulam alta de 4,31% de janeiro a março.
A alta acumulada no trimestre das roupas infantis anota inflação de 2,15%.
Calçados e acessórios concentram aumento de 3,90% no primeiro trimestre; Tecidos e armarinhos, de 2,45%; Joias e bijuterias de 2%.
No mesmo período, a inflação oficial brasileira vai a 3,20%, conforme a pesquisa do IBGE.
ACUMULADO DE 12 MESES
Até março, o acumulado de 12 meses da inflação brasileira avançou 11,30%.
Moda superou esse índice com aumento de preços acumulado de 13,83%.
A inflação de roupas acelera ainda mais em março elevando o acumulado de 12 meses para 14,56%.
Roupas masculinas avançam com alta acumulada até março em 12 meses de 17,12%.
As roupas femininas registram inflação em 12 meses de 14,24%, e as roupas infantis, de 10,78%.
No período, o desempenho dos demais itens de moda também permanece inflacionado no acumulado: Calçados e acessórios (13,04%); Joias e bijuterias (9,60%); Tecidos e armarinhos (9,43%).
INFLAÇÃO ACUMULADA NAS CAPITAIS
Todas as 16 capitais que são destaque na pesquisa do IBGE continuam no primeiro trimestre com pressão inflacionária tanto em moda quanto em roupa. Aracaju é a cidade mais cara para moda (6,43%) e roupas (7,96%).
A análise dos últimos 12 meses até março mostra inflação forte de roupas e moda percorrendo todas as 16 capitais destacadas pelo IBGE. A alta em Salvador e Aracaju ultrapassou a barreira dos 20% pela primeira vez em décadas.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos interativos mostram a inflação de março de 2022 em moda e roupas, comparada à inflação oficial brasileira.
A sequência inclui gráfico com a variação acumulada de moda e roupas frente à inflação oficial no primeiro trimestre.
Outro gráfico informa a variação acumulada de moda e roupas no ano em 16 capitais. Também indica a inflação acumulada de moda e roupas nessas cidades em 12 meses até março.
foto: Pexels