Mesmo comportamento tiveram os itens de moda diante da inflação oficial do país de 1,16%.
Depois de dobrar em agosto, a inflação de roupas reduz em setembro. Os preços no varejo para o consumidor subiram
0,35% em relação ao mês anterior. O grupo de moda, que engloba também calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e artigos de armarinho, encareceu 0,31%, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).A pesquisa serve para calcular o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). E mede a inflação oficial brasileira que, em setembro, acelerou para 1,16%, a mais alta para o mês desde 1994, afirma o IBGE. E a maior de 2021.
Das nove categorias de produtos monitoradas pela pesquisa, apenas a de Educação tendeu à estabilidade, com discreto recuo (-0,01%). Nos demais, a realidade é de aumento generalizado de preços.
Dentro do grupo de moda, o segmento de tecidos e itens de armarinho registram o maior aumento na passagem de um mês para o outro (0,60%). Mas são produtos que não têm o mesmo peso de roupas na cesta.
Calçados e acessórios subiram 0,25% em setembro, enquanto os preços de joias e bijuterias ficaram estáveis com pequena variação positiva de 0,01% sobre agosto.
ALTA NO VESTUÁRIO
A inflação de roupas reduz em setembro sob a influência da desaceleração das roupas femininas, cujos preços caíram 0,15%. Representa um recuo sobre o forte aumento anotado pelo segmento em agosto.
Por sua vez, roupas masculinas e infantis apresentaram alta de 0,73% e 0,76%, respectivamente.
INFLAÇÃO ACUMULADA
Até setembro, a inflação brasileira acumula alta de 6,9%, mostra o IBGE.
No mesmo período, a inflação de moda ultrapassou a barreira dos 5%. Avançou 5,17% em relação aos primeiros nove meses de 2020.
Já a inflação de roupas continua ligeiramente abaixo desse patamar, acumulando aumento de 4,82% no período.
Foi segurada pela inflação das roupas infantis que de janeiro a setembro subiram 2,84%.
A maior pressão veio das roupas masculinas (6,76%). Mesmo com a redução em setembro, a alta acumulada das roupas femininas registra 4,18%.
Os demais itens de moda também acumulam inflação: Calçados e Acessórios (5,03%); Tecidos e Armarinhos (5,33%); Joias e Bijuterias (10,48%).
PREÇOS EM 12 MESES
Analisando os últimos 12 meses imediatamente anteriores a setembro, a inflação oficial brasileira ultrapassa os 10%. De acordo com o IBGE, registra alta acumulada de 10,25%.
Moda teve variação menor, com aumento de 7,04% no período.
Em 12 meses, os preços de roupas aumentaram 6,76%. Mais uma vez as roupas masculinas tiveram maior peso, com alta se aproximando dos dois dígitos (9,36%).
O aumento de roupas femininas registrou 5,63% nos últimos 12 meses, e o das roupas infantis, de 4,37%.
PREÇO NAS CAPITAIS
No acumulado de nove meses até setembro, o GBLjeans observa que a inflação de moda e roupas aumentou em todas as 16 capitais que são destaque da pesquisa do IBGE.
Mesmo Salvador e Brasília que continuavam em deflação até agosto passaram a acumular aumento de preços também em roupas a partir de setembro: de 2,44% e 0,75%, respectivamente.
A capital de maior inflação em nove meses para roupas e moda continua sendo Fortaleza que cruzou a linha dos 10%. Acumula alta até setembro de 11,19% em moda e de 12,94% em roupas.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Clique nas setas para acompanhar o comportamento dos preços de janeiro a setembro, em moda e roupas e seus desdobramentos, comparados com a média geral.
Criados pelo GBLjeans, os gráficos mostram ainda o acumulado do ano em moda e roupas, comparado com o IPCA geral. Também inclui a variação em 12 meses.
Aponta ainda a variação de moda e roupas nas 16 capitais que são destaque na pesquisa.