Preços de fábrica de têxteis e roupas caíram pelo segundo mês consecutivo, seguindo o comportamento da indústria brasileira em geral.
Desde maio os preços de fábrica das roupas produzidas no Brasil vem caindo. Em julho, completaram três meses consecutivos em retração. O IPP (Índice de Preços ao Produtor) caiu 0,26% em relação a junho, quando o segmento apresentou a maior queda do ano, devido à antecipação das liquidações de inverno. Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram pressão também sobre os preços da indústria de produtos têxteis que não tem conseguido repassar os aumentos dos insumos. Pelo segundo mês seguido, o segmento apresentou IPP negativo. Baixou em julho 0,67% sobre junho, a maior taxa negativa mensal para esse segmento em 2019.
Assim como em junho, o desempenho dos dois segmentos não foi diferente dos resultados da indústria brasileira como um todo. O IPP geral ficou negativo em 1,24% em julho. Segundo a pesquisa do IBGE, apenas cinco das 24 atividades industriais monitoradas registraram variação positiva em julho. Aumentaram os preços, as indústrias: de produtos não-metálicos (0,64%); impressão (0,56%); borracha e plástico (0,53%); máquinas e equipamentos (0,48%); e veículos (0,26%).
COMPARAÇÃO COM JULHO DE 2018
Sobre julho do ano passado, a pesquisa do IBGE revela que os reajustes para cima dos preços de fábricas prevaleceram, mas continuam a perder força. A indústria em geral aumentou em 1,33% em relação ao que praticou no mesmo mês de 2018. Os fabricantes de artigos têxteis conseguiram recomposição acima dessa média, assinalando alta de 2,51%. Os reajustes das confecções de vestuário não fugiram muito da taxa média de alta da indústria em geral, registrando aumento de 1,51% na mesma comparação.
ACUMULADO DO ANO
A sucessiva redução nos preços de fábrica reduziram a taxa de repasse acumulado, que no entanto continua positiva. Até julho, as confecções de vestuário acumularam aumento de 1,71%. O acumulado dos sete primeiros meses de 2019 encareceram os produtos têxteis em 1,29%.
O aumento acumulado pela indústria em geral de janeiro a julho ficou em 1,50%, informa a pesquisa do IBGE, que inclui preços da indústria extrativista e de transformação.