Segundo pesquisa realizada pelo PROVAR (Programa de Administração do Varejo), a categoria Vestuário e Calçados aparece em primeiro lugar; sendo que a maioria das categorias de bens duráveis apresenta queda em São Paulo, comparado ao ano passado.
A categoria Vestuário e Calçados está entre os itens que serão mais adquiridos pelos paulistanos neste início de ano, segundo pesquisa realizada pelo Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados. O segmento aparece com 16% de intenção de compra, seguido de Viagens e Turismo, que soma 12,4%, e Material de construção, com 8,8%. O aumento da intenção de compra em relação ao último trimestre de 2014 é devido às liquidações deste início de ano, diz a pesquisa.
Apesar destes serem os itens mais planejados para aquisição neste começo de ano, verificou-se uma queda de intenção de compras em quase toda a lista de bens duráveis em relação ao mesmo período de 2014, sendo que apenas Material de Construção e Eletroportáteis apresentaram leve alta. O segmento de Vestuário e Calçados caiu 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado e 5,8% em relação à intenção de compra do quarto trimestre de 2014.
No geral, o índice de consumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis no período de janeiro a março de 2015 é de 49,6%. Este indicador é 9,2 pontos percentuais maior do que o registrado no quarto trimestre de 2014, em que se verificou 40,4%. Já na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, mais adequada às atividades sazonais do varejo, o índice se repete. A amostra, composta por 500 consumidores da cidade de São Paulo, analisa a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos (Eletroeletrônicos; Informática; Cama, mesa e banho; Cine e Foto; Móveis; Telefonia e Celulares; Material de Construção; Linha branca; Vestuário e Calçados; Automóveis e Motos; Imóveis; Eletroportáteis; Viagens e Turismo), avaliando também a utilização de crédito nas compras de bens duráveis.
O valor médio da expectativa de gasto com bens duráveis destes consumidores também aumentou em relação ao último trimestre de 2014, passando de R$ 1.968,00 no período de outubro a dezembro, para R$ 2.507,00 nos três primeiros meses deste ano. Já em relação ao primeiro trimestre de 2014, o valor é praticamente o mesmo, pois no início do ano passado a intenção de gasto era de R$ 2.584,00.
Na checagem de intenção de gastos das famílias com estes itens, os consumidores informaram que acreditam pagar mais pelos itens de Cine e foto e Imóveis, se comparado com o mesmo período de 2014. Segundo o Provar/FIA, o resultado da pesquisa sinaliza a cautela do o consumidor que deve se manter durante todo o ano de 2015.
Renda comprometida
O comprometimento de renda das famílias brasileiras ainda é alto, sobrando somente 9,2% para novos gastos. O crediário passou a ocupar mais espaço na renda das famílias que os gastos com Educação e Alimentação. Atualmente, os consumidores apresentaram comprometimento de 24,1% de sua renda com despesas de crediário, ante 20,1% com Educação e 18,6% com Alimentação. Segundo a pesquisa, o elevado comprometimento da renda associado à inflação deve gerar nos próximos meses inadimplência muito elevada, sendo 1% maior em março de 2015 em relação ao dado registrado em novembro de 2014. Com base na série histórica, também consta no estudo que, apesar da intenção de compras ser maior que a do trimestre passado, o crescimento das vendas dos primeiros três meses de 2015 em relação ao quarto trimestre de 2014 deve recuar em 2,4%.