São adultos e com renda que formam população similar ao país europeu, que está em último lugar no ranking dos cem mais povoados.
Os resultados da PNAD Covid19, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios que mede os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro, mostram que o país tem 8,6 milhões de pessoas trabalhando no modelo home office. Representa uma população equivalente aos habitantes da Suíça, o último no ranking dos cem países mais povoados. A PNAD Covid19 é um levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
De acordo com o estudo, essa população se mantém estável desde a semana de 3 a 9 de maio, quando foi feita a primeira edição. Os números atuais são da pesquisa preparada entre 2 e 8 de agosto. Adotado pelas empresas para atender as normas de distanciamento social, o home office tende a permanecer, mesmo depois de passada a pandemia. Ainda que nem todas as companhias sigam com o teletrabalho na mesma proporção.
HOME OFFICE É NOVO SEGMENTO PARA ROUPAS
Mesmo que haja certa desaceleração na população home office, para as marcas de roupas, esse continua sendo um segmento de mercado a ser considerado. Formado por adultos, de renda média que ocupam, geralmente, cargos qualificados. E nem todos querem passar o dia vestindo pijamas. Ou comprar apenas tops. Por ocuparem banda demais da internet, as videochamadas perderam espaço nas companhias. Para serem mais eficientes, muitas equipes fazem reuniões apenas por chamadas de voz. Ainda assim, a expectativa é de as pessoas comprarem mais roupas de usar em casa (homewear). Isso para terem mais opções ou a fim de simplesmente substituir as antigas.
Nesse novo contexto, calças jeans não precisam ser necessariamente aposentadas. Daí porque muitos fabricantes de denim reeditaram suas versões de jeans moletom. Também investiram em tecidos leves e de toque macio, visando conforto.
TAXA DE DESEMPREGO
Segundo a PNAD Covid19, o Brasil contava com 81,6 milhões de trabalhadores, na semana de 2 a 8 de agosto. Uma população equivalente, de pessoas com idade para o trabalho, de 76,1 milhões, não estava empregada no período. Nem procurava vaga. A taxa de desemprego no país ficou em 13,3%, com 12,6 milhões de desempregados.