Sondagem da Abit mostra 40% dos empresários otimistas e 45% neutros sobre o desempenho do ano.
Para 40% dos empresários do setor têxtil e de confecção no Brasil, a perspectiva de mercado para 2025 é otimista, com 2% deles respondendo estarem muito otimistas. Outros 45% se mantêm neutros em relação ao desempenho dos negócios ao longo do ano. Na ponta oposta desta sondagem realizada regularmente pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), 15% responderam que assumem perspectiva pessimista para 2025.
Ainda assim, quando a sondagem aborda o desempenho de mercado esperado para 2025, 70% trabalham com a perspectiva de crescimento. Desses, 33% avaliam que o mercado interno brasileiro pode crescer entre 0,1% e 2%. Outros 28% estimam crescimento entre 2,1% e 4% no ano. E um grupo menor (10%) aponta crescimento anual esperado acima dos 4%.
Análise da empresa de pesquisa Iemi, estima que o faturamento da indústria do setor expandiria 5,2% em 2025, subindo para R$280,1 bilhões. Já para a produção industrial interna a projeção varia conforme o segmento de produtos. Para vestuário, a previsão é de aumento de 1,6% em 2025 sobre 2024 e para manufaturas têxteis, de 4,1%.
INVESTIMENTOS E DESAFIOS
Em termos de investimentos ao longo de 2025, 62% dos empresários sondados responderam que farão desembolsos no ano. Do total, 20% estimam que sejam investimentos significativos. A maioria (74%) pretende comprar máquinas e equipamentos novos. Metade (55%) fará investimentos em tecnologia e automação e 46% pretendem ampliar a capacidade produtiva instalada.
Dos consultados, 31% desembolsarão recursos apenas para a manutenção do que as empresas já têm instalado e 8% não planejam investir nada em 2025.
Conforme a Abit, em 2024, os investimentos da indústria mediante contratação de linhas de financiamento do BNDES somaram R$510 milhões em 9 meses (de janeiro a setembro), em linha com o mesmo período de 2023.
Em 2024, a indústria importou US$742 milhões em máquinas e equipamentos, dos quais US$138 milhões correspondem a máquinas de costura, informa Fernando Pimentel, superintendente da Abit. Conforme o dirigente, para a parte de beneficiamento, a indústria importou US$249 milhões. As fiações compraram US$64 milhões; as tecelagens importaram US$37 milhões em teares novos; e as malharias adquiriram US$63 milhões em teares para malha.
Consultados sobre desafios em 2025, 61% dos empresários responderam que a falta de mão-de-obra qualificada é a maior dificuldade que terão pela frente. Em seguida, apontam desafios com instabilidade econômica (51%), carga tributária (49%) e custos de produção (38%). Apenas 12% dos empresários dessa amostra olham como desafio as mudanças no comportamento de compras do consumidor brasileiro.