Em dezembro, custo ao produtor continua em alta, mas, ficou difícil para as marcas fazerem o repasse de aumento às lojas
Pelo segundo mês seguido, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) de roupas recuou, ao contrário do comportamento dos preços dos itens têxteis e da indústria em geral, que aumentaram os custos no atacado em dezembro. O preço do vestuário para os lojistas caiu 1,68% na passagem para o início da temporada dos lançamentos de inverno. Foi o segmento que mais cortou os preços ao produtor em relação a novembro entre as 24 atividades pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para formação do IPP mensal, muito embora o corte tenha sido ainda maior em dezembro de 2015 (-3,18%).
Já os preços dos artigos têxteis subiram 0,31% em dezembro, mostrando desaceleração no ritmo dos ajustes na comparação com o mês anterior, que também foi de alta. Como em novembro, as pressões vieram de tecidos e fios de algodão. Ainda assim, o aumento da indústria de produtos têxteis ficou abaixo da média da indústria brasileira de transformação e extrativista, cuja alta foi de 1,28% em dezembro, o maior aumento registrado ao longo de 2016.
RESULTADO DO ANO
No acumulado de 12 meses, a tendência permaneceu de alta geral nos preços, porém, em ritmo substancialmente menor do que foi em 2015, e mais contido que em 2014, conforme dados apurados pelo IBGE. O reajuste da indústria como um todo em 2016 acumulou aumento de 1,71% sobre 2015. Os setores de têxteis e vestuário subiram os custos acima desse patamar ao longo do ano. O acréscimo em têxtil foi de 4,07% e o de roupas ficou em 2,25%.