Vestuário mantém o ritmo dos reajustes e fecha o ano em alta de 12,83%.
Sobre a alta recorde de 2021, os preços da indústria em 2022 avançaram menos, indicando “trajetória de deflação na porta da fábrica”, sustenta a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que calcula o IPP (Índice de Preços ao Produtor). A indústria têxtil registra aumento de 6,88% em 2022 em relação à altíssima base de 23,99% de 2021.
Já os preços de fábrica das roupas aumentaram 12,83% em 2022 sobre os 16,43% de 2021. Mas este índice ficou abaixo da inflação de roupas de 19,75% registrada pelo varejo em 2022. A inflação de moda de 2022 ficou em 18,02%, três vezes mais que a inflação brasileira do ano.
Os preços da indústria como um todo determinaram aumento de 3,13% em 2022 em relação aos 28,39% de 2021.
DADOS DE DEZEMBRO
Os dados de inflação da indústria em dezembro reforçam a previsão do IBGE de desaceleração dos preços de atacado no final de 2022.
Os preços de fábrica das roupas recuaram 0,42% em dezembro, pelo segundo mês consecutivo. Também os preços industriais dos artigos têxteis caíram por dois meses seguidos, com variação negativa de 0,83% em dezembro.
Já os preços da indústria em geral baixaram 1,29% em dezembro quando comparados a novembro, completando cinco meses em baixa.
Mensalmente o IPP mede a variação dos preços de produtos na ‘porta da fábrica’, ou seja, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, entre as quais têxtil e de vestuário.
Conforme o IBGE, em 2022, as maiores variações acumuladas foram registradas pelas indústrias de papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%).
GRÁFICOS REVELAM O DESEMPENHO
Navegue pelos gráficos para observar a variação mensal dos preços industriais. Além da comparação por ano do IPP desde 2011.
Use as setas para ir de um gráfico a outro ou clique para observar o desempenho do IPP de cada segmento (geral, têxtil ou vestuário).