Mês tem a maior alta do ano influenciada pelo custo no varejo de roupas femininas e masculinas, enquanto a inflação acumulada indica que o setor foi um dos que menos reajustou.
Em dezembro a inflação geral brasileira recuou um pouco em relação aos aumentos praticados no mês anterior, registrando 0,96% de alta, informa a pesquisa mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que determina o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado). Os reajustes na categoria Vestuário, que engloba roupas, tecidos, calçados, jóias e bijuterias, ficaram acima dessa média, assinalando aumento de 1,15%. Apenas em abril o setor apresentou alta maior que a média.
O índice de vestuário só ficou abaixo de Alimentos e Bebidas (1,5%) e Transporte (1,3%). O encarecimento observado na categoria em dezembro foi contaminado pelos reajustes de preços de roupas femininas (1,65%); jóias e bijuterias (1,43%); e roupas masculinas (1,23%), mostra a pesquisa do IBGE. As roupas infantis ficaram 0,82% mais caras e calçados, 0,71%. Somente tecidos, que tiveram aumentos expressivos de agosto a novembro, apresentaram deflação de 0,24%.
Todas as 13 principais capitais monitoradas pelo IBGE registraram inflação, com índices a partir de 0,47%. A campeã dos aumentos no mês foi Belém, com expansão de preços de 2,1%, seguida por Salvador e Recife, que registraram IPCA de 1,87% cada uma. No caso da capital do Pará, roupas de adultos foram os itens que mais pressionaram: vestuário feminino, com alta de 3,17%, e masculino, 2,30%. Também Salvador sentiu os aumentos nas roupas masculinas (3,23%) e femininas (2,77%). Já em Recife a pressão, além dos itens masculinos (2,71%), o indicador foi exercida ainda por roupas infantis (1,61%).
Inflação anual
Ao longo de 2015, apenas nos três meses comumente dedicados a liquidação (janeiro, fevereiro e julho), o item Vestuário do IPCA apresentou deflação. Nos outros nove meses os reajustes foram constantes. Apesar do movimento inflacionário, com alta de 4,46%, a categoria de itens de moda foi a que menos subiu no país junto com Comunicação (2,11%), frente ao IPCA anual que bateu 10,67%. É a maior desde 2002, ano que a inflação atingiu 12,53%, mostram os dados do IBGE.
Entre os itens de moda, o que mais pesou em 2015 foram os preços de jóias e bijuterias que acumularam aumento de 10,67%. Tecidos aparecem em seguida com inflação de 8,97%. Já calçados e acessórios foram os que menos subiram, com expansão de 3,01%. Em vestuário, os produtos para homens ficaram mais caros 5,26%; mulheres (4,25%) e crianças (3,59%).
Na galeria abaixo confira infográficos com a curva de aumentos na área de vestuário, por segmento; e o desempenho dos preços do item Vestuário nas capitais.
INFOGRÁFICOS
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