Em outubro, os reajustes do setor ficaram em patamar mais alto do que a alta da inflação da indústria já considerada histórica.

Os custos da indústria para o atacado deram um salto em outubro. E os preços dos têxteis aumentam 4,16% no mês, em patamar mais alto do que a inflação da indústria brasileira em geral. O aumento do setor têxtil em outubro só foi menor que o reajuste de
maio, quando parte das empresas retomaram as atividades. Pressionaram para esse encarecimento os tecidos de algodão, incluindo malhas, os fios de algodão e os itens de casa, como almofadas e travesseiros.Já os preços de atacado das roupas também tiveram aumento, mas em taxa bem mais contida. Subiram 0,20% em relação a setembro, puxados por tops e calças femininos mais caros, mostra a pesquisa que mede o IPP (Índice de Preços ao Produtor). Dessa forma, como em setembro, continuou sendo uma das atividades que menos aumentou preço entre os 24 ramos industriais monitorados.
O levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informa que a inflação da indústria subiu a 3,40% em outubro, considerada histórica, por ser a taxa mais alta registrada desde 2014.
IPP ACUMULADO NO ANO
Desde janeiro, a indústria brasileira opera com variação positiva em relação ao ano passado. Não é diferente com os setores de têxtil e de vestuário. Até outubro, os preços dos têxteis aumentam no ano acumulando alta de 17,17% quando comparados a igual período de 2019.
O acumulado de dez meses de vestuário avança bem mais devagar. De janeiro a outubro, está 2,79% acima sobre igual período de 2019.
Ambos os setores continuam a ficar abaixo da média registrada pelo IPP geral. Conforme o IBGE, o aumento acumulado pela indústria no ano atingiu 17,29%.
Navegue pelos gráficos abaixo a fim de analisar o comportamento dos preços da indústria desde janeiro.